segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A importância do brincar no desenvolvimento Infantil

Brincadeira é Coisa Séria!

Nossa sociedade mudou, temos uma inversão de papeis e valores, mais informação do que podemos absorver, a mulher trabalha fora, o avanço tecnológico é grande, a família mudou, a criança mudou, o aluno e a escola também mudaram. As mudanças tecnológicas mudaram as formas de brincadeiras. As crianças deixaram de brincar na rua, jogar bola, pular amarelinha e passaram a jogar videogames e jogos de computador, ignorando o sol que brilha a convidar as brincadeiras na rua. Tanta mudança gera confusão e expectativas, por isso, a escolha por este tema que trata da importância do brincar, ou ainda, como o lúdico interfere no desenvolvimento de uma criança. 

As brincadeiras aparentemente simples são fontes de estímulo ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança e também é uma forma de auto-expressão. Talvez poucos pais saibam o quanto é importante o brincar  para o desenvolvimento físico e psíquico do seu filho. A idéia difundida popularmente limita o ato de brincar a um simples passatempo, sem funções mais importantes que entreter a criança em atividades divertidas.

A criança começa a receber informações do mundo desde a hora que nasce. É através da interação com os adultos: pais, familiares, babás e professores que a criança obtém a maior parte destas informações, por isto tanto a casa como a escola devem ser ambientes estimulantes e prazerosos, para que favoreçam o desenvolvimento. Portanto, o brincar e o brinquedo, tem um papel fundamental na aprendizagem e nas aquisições do desenvolvimento.

Assim que a criança começa a manipular os brinquedos ela tem sensações muito prazerosas que a levam a repetir a mesma ação, várias vezes, iniciando a aprendizagem do mundo, desenvolvendo a inteligência, a linguagem, a coordenação motora e os aspectos afetivo-emocionais.

É através dos brinquedos e das brincadeiras que a criança vivencia o mundo e as situações de vida diária, com isto aprende conceitos inteligentes, faz representações do mundo, interage com adultos e crianças o que estimula sua comunicação e ainda, aprende a lidar com situações e sentimentos.

Quanto mais a criança for estimulada melhor será seu desenvolvimento, mas cuidado estimular não significa perseguir a perfeição, a estimulação acontece de forma natural através do carinho, das conversas, do brincar e das regras.
O elogio a cada progresso e ganho, atua como reforço positivo. Estimular significa “fazer coisas”, participar, e não dar ordens ou instruções.

Na primeira fase da vida, a criança aprende através do modelo do adulto, imitando-o. Se as brincadeiras e obrigações forem permeadas de bom humor, fantasias e jogos, teremos situações muito divertidas de aprendizagem.
Estimular significa repetir inúmeras vezes os modelos até que sejam internalizados.

Se ordens forem necessárias, devem ser seguidas de ações que as demonstre.

Estimular é dar atenção, é olhar para a criança e parar para ouvi-la.

Estimular é saber dizer não. Manter uma disciplina simples e coerente é importante para que a criança saiba seus limites, possa organizar a si e ao seu mundo e se sentir segura.

Muitas vezes o não causa resistência e rebeldia, dar uma possibilidade de escolha para a criança diminui este sentimento.

As regras favorecem a auto - estima. A criança precisa de organização do mundo externo para poder crescer e se desenvolver.

Na disciplina está incluído o ritmo, as rotinas, a hora do lanche, de brincar, do banho, de dormir... O ritmo se tornará um hábito agradável para a criança e evitará muitas brigas na hora de fazer as coisas.

Como a rotina dá segurança, com ela a criança pode prever o que acontecerá no momento seguinte.
Então lembre-se... brincar é fundamental! 

Fontes: http://www.webartigos.com            http://www.espaconascer.com.br/artigo

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O papai e o bebê





Nos primeiros dias do bebê em casa, é comum o papai sentir-se excluído da relação emocional construída entre a mamãe e o novo integrante da família. Mas a verdade é que essa ligação não é exclusividade feminina. Embora não amamente, o homem também pode, e deve, participar desse momento tão especial da vida do nenê, atitude que contribui para o fortalecimento do vínculo afetivo com o recém-nascido.
Além disso, estudos recentes mostram que a figura do pai no cotidiano do bebê desde os primeiros dias de vida traz conforto e segurança para a mamãe e para a criança. Então, que tal aproveitar a licença-paternidade para dedicar-se exclusivamente à nova família?

Cuidados de pai

E não pense que esse envolvimento, principalmente nos primeiros meses de vida do bebê, quando a amamentação consome grande parte do tempo, é algo difícil de conquistar. A participação paterna pode acontecer na preparação do ambiente para o aleitamento, bem como na divisão das tarefas rotineiras, como dar banho e trocar fraldas. Aproveite esses momentos para conversar com o pequeno, cantar para ele e acariciá-lo.

Depois das mamadas, o papai também pode segurar o bebê para arrotar e colocá-lo para dormir. Isso vai ajudar a mamãe a descansar e a recuperar as energias. Outra forma de o pai estreitar os laços afetivos é por meio de massagens, que acalmam e ajudam a aliviar as cólicas. É importante também reservar um tempinho para observar as expressões que a criança já capaz de fazer.

Outro aspecto importante que pode influenciar no desenvolvimento do bebê é a maneira como o pai interage. Seus estímulos são mais físicos, diferentes dos da mãe, que tende a sorrir e conversar mais. A combinação dos dois torna-se uma experiência enriquecedora para o nenê, que se torna mais confiante e receptivo às mudanças.

Atenção para a mamãe

A maneira como o papai age também afeta o comportamento da mamãe. Para deixá-la mais tranquila e confiante, é importante ajudar nas tarefas da casa, como lavar louça, lavar e passar roupa, cozinhar, limpar a casa, fazer compras, etc.

E, como essa é uma fase em que a mulher fica mais sensível, o homem deve ajudá-la a sentir-se bonita de novo. É importante também reservar algum momento para ficarem a sós.

Lembre-se: as crianças não vêm com manual de instruções. Por isso mesmo, papai e mamãe de primeira viagem devem aprender juntos como cuidar do bebê e fazer desse período o melhor possível!

Fonte:     


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A importância da música na vida dos bebês

O bebê começa ouvir os primeiros sons por volta da 21ª semana de gestação. Primeiro, ouve os sons internos da mãe tais como as batidas do coração, a pulsação do cordão umbilical, os sons da digestão e assim por diante. Portanto, é neste momento que deve ser iniciado o processo de estimulação musical, com o bebê ainda no útero. Ao cantar a mãe libera hormônios benéficos para a gestação. O bebê recebe a voz como uma massagem, através de vibrações. São inúmeros os beneficios do uso da música durante a gestação, a mulher pode trabalhar ao mesmo tempo a sua auto-estima, segurança, seu bem-estar e o do bebê que se sente mais seguro e protegido.

O bebê quando estimulado musicalmente ainda no ventre, tende a ser uma criança mais calma, com sono mais tranquilo, com bom apetite, comunicativo e de fácil sociabilidade.

Além disso o ato de cantar é um poderoso instrumento de relaxamento e de produção de hormônios benéficos tanto para mãe quanto para o bebê.
 
Crie a rotina de levar o bebê para a cama com uma música escolhida e faça daquela hora um momento  bastante agradável para ambos. Proporcione um ambiente tranqüilo, acolhedor e aconchegante com o quarto à meia-luz. A música também não deve estar em volume alto e o ritmo deve ser lento.

Alguns estudos realizados sobre musicoterapia para bebês apontam as contribuições da música no desenvolvimento e os resultados benéficos que ela produz ao longo dos anos para as crianças, auxiliando na socialização, na parte afetiva, na coordenação motora e na interatividade entre pais e filhos.

Além disso, as crianças que foram estimuladas a ouvir música desde o seu nascimento demonstram certas facilidades no processo de aprendizagem e alfabetização, bem como maior poder de concentração, criatividade e equilíbrio emocional.

Cante para seu bebê: educar é despertar sentidos

Mesmo que você não seja uma cantora profissional, arrisque-se e cante para o seu pequeno. Não se incomode com suas qualidades vocais. Saiba que o bebê gosta de ouvir a sua voz e se sente protegido e amado.

Cante durante as brincadeiras, na hora do banho, nas refeições e quando o põe para dormir. Aos poucos, incentive o bebê a cantar e ensine melodias simples. Acredite, pode ser uma tarefa divertida!

Para começar, escolha melodias que ambos gostem. Do contrário, ele fará uma carinha brava, indicando que não está curtindo. Mude o disco. Os clássicos são sempre apreciados pelos bebês, especialmente Mozart e Beethoven, e os ritmos latinos também são agradáveis ao pequeno quando o que ele quer é farra! 
Aproveite!

 http://www.projetoacalanto.com.br/

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Andador para bebês... bom ou ruim?

Faz mal ou não faz mal para o bebê, usar andador ?
Eis uma questão polêmica que divide opiniões de muitos pais preocupados com o bom desenvolvimento dos filhos.

Os andadores infantis são sempre polêmica entre pais, médicos e fisioterapeutas. Aflitos e cheios de dúvidas, os pais se dividem entre os que acreditam que o equipamento estimula o desenvolvimento da criança e, no  lado oposto, aqueles que vêem no instrumento um perigo tanto para a coordenação motora dos bebês como  para os riscos de queda. 

Contra dizendo pediatras e pais, estudo mostra que o andador não traz benefícios nem prejuízos para o bebê. 

A fisioterapeuta Paula Silva Carvalho Chagas pesquisou os efeitos do uso do andador durante o doutorado no programa de pós-graduação em Ciências da Reabilitação da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

As conclusões de Paula reacendem a polêmica. Ela não encontrou nenhum dado que comprove prejuízos ao desenvolvimento dos bebês por causa do equipamento. A pesquisadora também concluiu que não há evidências sobre benefícios às crianças. Fisioterapeuta há 12 anos, Paula conta que, antes de começar o próprio estudo, procurou referências na literatura científica sobre o tema. Segundo ela, as pesquisas não recomendavam o uso, mas não apresentavam embasamento científico nas justificativas.

Ela acompanhou durante nove meses 40 famílias: 20 que decidiram usar o equipamento e 20 que optaram por não utilizá-lo. O andador não foi recomendado pela fisioterapeuta a nenhuma delas. As famílias começaram a ser analisadas pela pesquisadora quando os bebês estavam com nove meses, em média. Além de observar o desenvolvimento motor das crianças, Paula fazia avaliações para verificar como as crianças estavam andando. Durante seis meses após começarem a andar sozinhas, os bebês passavam por testes.

Paula conta que foram observadas a maneira de andar das crianças, a habilidade em subir rampas e o relato dos pais. O resultado é que não houve diferenças no processo entre os grupos. “Todos os bebês apresentaram desenvolvimento normal, aprendendo os movimentos corretamente em um tempo adequado”, afirma Paula, que foi orientada pela professora Marisa Mancini, do Departamento de Terapia Ocupacional da UFMG.

Segundo a pesquisadora mitos foram desfeitos com os resultados: as crianças não andavam na ponta dos pés, com pernas mais ou menos abertas, não se jogavam para frente ao caminhar e nenhuma das crianças andou mais cedo ou mais tarde por conta do uso do andador. “A verdade é que o equipamento não faz mal ou bem para as crianças. A única coisa divergente no estudo era a opinião dos pais que defendiam ou criticavam o uso do andador”, diz Paula.

A pesquisadora ressalta que o grupo que optou pelo andador não deixava as crianças muito tempo no equipamento. No máximo, uma hora por dia. Além disso, as famílias possuem boas condições socioeconômicas. “Não sabemos as implicações de uso mais prolongado do andador pelas crianças, por exemplo”, destaca. Paula ressalta que uma das ideias mais difundidas contra o andador era a que ele aumentaria as chances de queda das crianças. “Percebemos que isso acontece muito mais por negligência dos pais do que por causa do equipamento”, diz.

Na opinião da fisioterapeuta, os resultados poderão contribuir para que a decisão clínica de optar pelo uso do andador ou não seja feita com base em dados científicos.


Contra o andador

A Sociedade Brasileira de Pediatria não recomenda o uso do equipamento. Aramis Lopes Neto, presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da entidade, afirma que o andador não traz benefícios para o desenvolvimento da criança. Ele lembra que, com o aparelho, a criança apoia muito a ponta dos pés para se locomover e não tem controle preciso do movimento. “Ele circula sem controle ou direção e a possibilidade de acidentes é muito grande”, opina.

Cristina dos Santos Cardoso de Sá, integrante da Associação de Fisioterapeutas do Brasil (AFB) e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), argumenta ainda que o fato de a criança ficar sentada no equipamento atrapalha o desenvolvimento dos ossos. “Há estudos qualitativos, mas feitos com poucas crianças, então não podemos dizer que eles não causam problemas. Em muitos países, como o Canadá, a venda deles é proibida”, afirma.
A professora da Unifesp reconhece, no entanto, que um modelo mais recente disponível no mercado poderia ser recomendado. É o que a criança fica completamente em pé e parece um carrinho (como os usados por quem tem dificuldade de locomoção). Segundo ela, eles deixam a criança mais livre. “Ela pode abaixar e pegar um objeto no chão, por exemplo. Treinar o equilíbrio e o refinamento dele também é importante para o bebê”, garante.
Aramis complementa que o ideal é deixar um espaço livre de obstáculos e objetos para as crianças que estão engatinhando. “Um bom estímulo que os pais podem dar é espaço com segurança, um local estável em que ela possa usar as habilidades que for adquirindo durante o desenvolvimento natural do seu corpo”, diz.

Foto: Reprodução
Andador infantil tipo carrinho


http://www.ufmg.br/online/arquivos/015858.shtml

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Direitos das Gestantes

Muitas mulheres gestantes não conhecem seus direitos

Direitos Sociais

São todos aqueles que garantem à gestante: atendimento em caixas especiais, prioridades na fila de bancos, supermercados, acesso à porta da frente de lotações e assento preferencial.

Direitos Trabalhistas

Os direitos trabalhistas das gestantes regulamentam sua relação com o patrão ou com a empresa na qual ela está empregada, garantindo a proteção do emprego. Enquanto estiver grávida, é assegurada à mulher estabilidade no emprego, o que significa que ela não pode ser mandada embora do trabalho (art. 391 da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho aprovada pelo Decreto - Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943).

A gestante tem o direito de ser dispensada do horário de trabalho para a realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares. Ela também tem o direito de mudar de função ou setor no seu trabalho. (Lei nº 9.799 de 26 de maio de 1999, incluída na CLT – Consolidação das Leis do Trabalho).

A gestante, também tem o direito à licença – maternidade de 120 dias com o pagamento do salário integral e benefícios legais a partir do oitavo mês de gestação (LEI nº 10.421 de 15 de abril de 2002, art. 392 da CLT).

Para exigir este direito a gestante tem que ir ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), levando a carteira de trabalho e atestado médico comprovando gravidez. A duração da licença maternidade foi ampliada por 60 dias, desde que a empresa onde a gestante trabalhe faça parte do Programa Empresa Cidadã (Lei 11.770, de 9 de setembro de 2008).

A mulher tem o direito de ser dispensada do trabalho duas vezes ao dia por pelo menos 30 minutos para amamentar, até o bebê completar seis meses (Art. 396 da Consolidação das Leis do Trabalho).

A gestante pode negociar esse tempo com o patrão, por exemplo, juntando os dois períodos em um só, de uma hora.

O companheiro tem direito a licença-paternidade de cinco dias, logo após o nascimento do bebê (Art. 7º da Constituição Federal)

Direitos no Pré-natal

O acompanhamento de pré-natal deve ser assegurado de forma gratuita pela Secretaria Municipal de Saúde (Portaria nº 569, de 1º de junho de 2000).

Assim que a mulher desconfiar que está grávida ela deve procurar o Posto de Saúde para confirmar a gravidez e dar início ao pré-natal.

Toda gestante tem o direito de fazer pelo menos seis consultas durante toda a gravidez. O pré-natal oferece segurança, uma gestação saudável e um parto seguro.

Toda gestante tem o direito de levar um acompanhante nas consultas (companheiro, mãe, amiga ou outra pessoa).

O cartão da gestante informa tudo o que acontece na gravidez, os resultados dos exames realizados e todas as anotações sobre o estado de saúde da mulher. Deve ser levado em todas as consultas, verificando se ele está sendo preenchido.

Para tirar qualquer dúvida sobre o cartão, a gestante deve conversar com os profissionais de saúde para que tudo fique bem explicado.

A gestante não deve esquecer de levar o cartão na hora do parto!!!

Atenção:

As mulheres têm direito aos seguintes exames gratuitos durante o pré-natal:

- Exames de sangue: para descobrir diabetes, sífilis e anemia e para classificar o tipo de sangue.

- Exames de urina: para descobrir infecções.

- Preventivo de câncer de colo do útero.

- Teste anti-HIV: esse exame é para identificar o vírus da Aids. Ele é uma proteção para a mulher e para a criança.

Estes exames são realizados, geralmente, nos três primeiros meses e depois nos últimos três meses da gestação. Caso haja necessidade estes exames poderão ser repetidos gratuitamente quantas vezes o médico achar necessário.

A gestante deve tomar a vacina contra Tétano.

A gestante também tem o direito de conhecer antecipadamente o hospital onde será realizado seu parto (Lei nº 11.634, de 27 de dezembro de 2007).

Direitos no Parto

Na hora do parto a gestante tem o direito de ser escutada em suas queixas e reclamações, de expressar os seus sentimentos e suas reações livremente, isso tudo apoiada por uma equipe preparada e atenciosa.
A mulher tem direito a um parto normal e seguro, pois é a maneira mais saudável de ter filhos.

A cesária deve ser feita em caso de risco para a criança e para a mãe.

O cartão da gestante é muito importante porque nele está anotado todo estado de saúde da mulher. Através dele a equipe médica saberá como foi a gestação e os cuidados que deve ter.

- A escolha pelo tipo de parto (normal ou cesárea) dever ser feita pela gestante e pela equipe médica.

- No momento do parto e pós-parto, a gestante tem direito a um acompanhante: companheiro, mãe, irmã, amiga ou outra pessoa (Portaria nº 2.418 de 2 de dezembro de 2005).

Direitos após o parto

Agora que a criança nasceu, mãe e filho têm o direito de ficar juntos no mesmo quarto (Portaria no 1.016 de 26 de agosto de 1993).

Quando a mulher sair do hospital ela deve receber as orientações sobre quando e onde deverá fazer a consulta de pós-parto e de cuidados com o bebê.

Após o parto a mulher também merece atenção e cuidados. Ela tem que voltar ao Posto de Saúde e exigir os exames necessários.

As consultas após o parto são importantes, para que o homem e a mulher recebam orientações para evitar ou planejar uma nova gravidez.



CONHEÇA SEUS DIREITOS, VOCÊ PODE EXIGI-LOS E
FAZER COM QUE SEJAM CUMPRIDOS!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Vida No Ventre - Gemeos (In The Womb - Twins) Parte 1 de 9.avi

Grau de Maturidade Placentário

Por Alexandre Magri

     
     Cada exame de Ultra-Som uma novidade aparece. Nos últimos exames, uma nova medida foi inserida na conclusão: O Grau da Placenta. 
Mas o que é isso?
    Algumas mães ficam desesperadas porque o médico disse que elas têm a "Placenta Grau 0", e acham que isso reflete-se num retardamento do desenvolvimento fetal ou algo do gênero.
        Alexandre Magri
encontrou apenas um estudo médico, num site de uma faculdade de medicina e após um certo resumo do artigo e da facilitação da linguagem usada, conseguiu criar um texto de compreensão fácil, que se segue abaixo.

O que é a Placenta?

    É responsável pelo suporte à vida do feto, fazendo as vezes de pulmões, fígado, rins, intestinos e glândulas endócrinas do feto. Fica ligada à parede uterina, e ao bebê pelo Cordão Umbilical. Separa as circulações sangüíneas materna e fetal por uma barreira feto-placentária, que se simplifica progressivamente. Na placenta humana o sangue materno está em contato direto com a fina camada de células do trofoblasto que recobre os vasos fetais. Por este motivo é denominada de "hemocorial" (o sangue materno - hemo - está em contato direto com o cório).

O que é Grau Placentário?

    A placenta, conforme evolui-se na idade gestacional, apresenta uma crescente deposição de cálcio. Essa deposição, microscópica no início da gestação, pode tornar-se macroscópica no final desta.
    Em 1979, através de um estudo de imagens de ultra-sonografia, Grannum percebeu que era possível classificar a placenta em sua maturidade, observando-se os depósitos de cálcio vistos durante as Ultra-Sonografias.
    A classificação, então, foi padronizada em 4 graus de maturidade diferentes: grau 0, 1, 2 e 3.
    
   Numa Placenta Grau 0, não há sinais de calcificação, apresentando uma textura homogênea. É a placenta observada durante o primeiro trimestre da gestação.

    Já a Placenta Grau I apresenta calcificações esparsas e uma textura ondulada, e é aquela vista desde o segundo trimestre da gestação.
    
    Uma Placenta Grau II é aquela que apresenta uma calcificação já bastante acentuada, principalmente na parte que fica ligada ao útero. Este grau de maturidade placentária não costuma ser visto antes da 30.ª semana da gestação, e é a mais freqüente no momento do parto.
    
     Em 40% a 50% dos casos, uma Placenta Grau III pode ser vista a partir da 35.ª semana da gestação, e sua característica é a calcificação generalizada, sendo vista numa ultra-sonografia sob o formato de um anel.
    
     Grannum observou, então, que há uma relação entre o Grau de Maturidade Placentária e a maturidade pulmonar do feto, sendo que esta é de 100% quando a placenta atinge o Grau III, embora isto não seja um consenso unânime entre os estudiosos. Mas o mais importante não é a avaliação da maturidade pulmonar, e sim a relação entre calcificação placentária e o retardo do desenvolvimento fetal, por exemplo, quando se apresenta uma Placenta Grau II antes da 32.ª semana ou uma Grau III antes da 34.ª semana da gestação.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Mortes de recém-nascidos em SP alcançam menor nível em dez anos

As mortes de bebês em gestação ou de recém-nascidos no Estado de São Paulo alcançaram o menor índice dos últimos dez anos, segundo o mais recente balanço da Secretaria de Saúde do Estado, produzido em parceria com a Fundação Seade.

De acordo com o boletim, a taxa de mortalidade perinatal, que se refere às mortes fetais a partir da 22ª semana de gestação (quando o peso do nascimento é de cerca de 500 gramas) até sete dias completos após o nascimento caiu 25% no Estado desde 2000.

O índice, que era de 18,5 por mil nascidos vivos e nascidos mortos no ano 2000, passou para 13,8 em 2009. Isso significa uma vida salva a cada quatro gestações ou nascimento, na comparação com o início da década, ou 4,7 mil vidas salvas neste período.

A mortalidade perinatal vem caindo gradualmente no Estado, com estabilidade em alguns anos. A comparação, neste caso, deve ser entre longos períodos, assim como na mortalidade infantil.

Em 2001 o índice foi de 17,7. Em 2002, 17,4. Em 2003, 15,7. Em 2004, 15,8. Em 2005 a taxa passou para 14,5. Em 2006, 14,4. Em 2007 e 2008 o índice ficou em 14,0, caindo para 13,8 no ano seguinte.

Em relação aos valores de 2000 houve queda na mortalidade perinatal em todas as regiões de saúde do Estado. As maiores diminuições foram observadas nas regiões de São José do Rio Preto, Grande São Paulo e Bauru.
 
Treinamento e pré-natal

Ainda segundo o levantamento, a redução da mortalidade perinatal no Estado pode ser atribuída, principalmente, à queda do número de mortes consideradas reduzíveis por diagnóstico e tratamento precoces de doença ou por adequada atenção ao parto, além de medidas de controle da gravidez.
Nos últimos três anos, a Secretaria adotou o Advanced Life Support in Obstetrics, idealizado pela American Academy of Family Phisicians e ministrado no país pela Also Brasil, com objetivo de qualificar médicos e enfermeiras-obstetras para o atendimento de emergências obstétricas. Também houve treinamento específico de pediatras da rede pública, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria, com enfoque em reanimação neonatal.

A assistência às gestantes também vem sendo aperfeiçoada ao longo dos anos. Levantamento da Secretaria aponta que 76,1% das grávidas do Estado de São Paulo passam por pelo menos sete consultas de pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde, superando o mínimo de seis atendimentos recomendados pelo Ministério da Saúde e o de quatro estabelecidos pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Essa cobertura, referente a 2008 (último ano disponível) é 41% superior ao registrado no ano 2000, quando 53,8% das gestantes recebiam pelo menos 7 consultas de pré-natal no Estado.

Do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo, 17/02/11

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Os cuidados nos primeiros momentos de vida





Para a mulher que se prepara para ser mãe, saber um pouco mais sobre o comportamento rotineiro do recém-nascido pode ajudá-la na tarefa de tornar os primeiros dias de seu bebê mais saudáveis.


Recém-nascido é a criança desde o nascimento até completar 28 dias de vida, perído em que é totalmente dependente dos cuidados maternos.
O elo fundamental deste relacionamento é a amamentação que, em qualquer circunstância, deve ser estimulada.
Conheça melhor o comportamento do recém nascido sabendo um pouco sobre sono, choro, regurgitação, funcionamento intestinal, soluços e espirros, hidratação, banho, umbigo, visitas, vacinação, teste do pezinho.




Sono:
Na primeira semana, o recém-nascido dorme de 15 a 20 horas por dia, porém alguns não dormem entre as mamadas, ficando acordados por várias horas.

Choro:
No recém-nascido normal, é a expressão de algum desconforto. São casos freqüentes: a fome, a sede, o frio, fraldas molhadas, as roupas apertadas e/ou incômodas, a coceira, as cólicas e a irritabilidade por excesso de estímulos ambientais.

Regurgitação:
É comum e consiste na devolução freqüente de pequeno volume alimentar, logo após as mamadas. Quase sempre, o leite volta ainda sem ter sofrido ação do suco gástrico. Se o ganho de peso do bebê for satisfatório, consideramos uma situação normal e benigna, nada sendo preciso fazer para corrigir.

Funcionamento Intestinal:
No início, as fezes são meconiais (verde bem escuro, quase preto e grudentas, parecendo graxa), depois se tornam esverdeadas com muco e, posteriormente, amareladas e pastosas. As crianças amamentadas ao seio materno, habitualmente, apresentam várias evacuações por dia, com fezes liqüefeitas, sem repercussão para sua hidratação, não necessitando, portanto, de tratamento.
 
Soluços e espirros:
Os soluços são freqüentes quando a criança está descoberta, na hora do banho, quando manuseada e, as vezes, após as mamadas. Não provocam nenhum mal e cessam espontaneamente. Os espirros ocorrem freqüentemente e não devem ser atribuídos a resfriados.

Hidratação:
Ofereça água filtrada e fervida, nos intervalos em que a criança estiver acordada. Nos dias quentes e quando o bebê estiver com febre, deve-se aumentar a oferta de líquidos. As crianças amamentadas ao seio, usualmente, aceitam pouca hidratação, pois o leite materno supre todas as suas necessidades.

Banho:
Ele deve ser diário e, nos dias mais quentes, pode ser repetido várias vezes, sempre com água morna e limpa, usando sabonete comum. Enxugar bem após o banho, principalmente nas regiões de dobras para evitar as assaduras. Evitar o uso de óleos industrializados e talco na pele do bebê (o talco pode provocar rinite alérgica).

Umbigo:
O coto umbilical cairá espontaneamente entre o 5º e o 14º dia de vida. Alguns recém-nascidos apresentam um umbigo grosso e gelatinoso o que poderá retardar sua queda até em torno de 25 dias. Pode ocorrer discreto sangramento após a queda do coto umbilical que não requer cuidados especiais. Até o desprendimento, o coto deverá ser envolvido em gaze esterilizada embebida em solução de álcool absoluto. Após a queda, deverão ser feitos curativos com Merthiolate® durante uma semana.

Visitas:
Durante o primeiro mês, não há necessidade de que a criança saia de casa. Deve-se evitar levá-la a locais muito aglomerados. As visitas de parentes e amigos são gratificantes para os pais; porém, pessoas portadoras de infecção respiratória, lesões de pele e diarréia não devem ter contato com o recém-nascido, devido sua grande vulnerabilidade a essas doenças.

Vacinação:
No 1º mês de vida, devem ser administradas as seguintes vacinas: BCG intradérmico (contra a tuberculose) Engerix® B - 1ª dose (contra a hepatite B)

Teste do pezinho:
É realizado na primeira quinzena de vida e, muitas vezes, é realizado ainda na maternidade. Ele diagnostica doenças metabólicas como o hipotireoidismo e a fenilcetonúria, que podem provocar lesões cerebrais irreversíveis se não diagnosticadas e tratadas precocemente.


Fonte: http://www.ronet.com.br/~babydoc/rn.php

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

MOVIMENTO INTERNACIONAL NÃO DEIXE O SEU BEBÊ CHORANDO!

 
Homens e Mulheres, pesquisadores e profissionais de saúde que trabalhamos em distintos campos da vida e do conhecimento, mãe e pais preocupados com o mundo em que nossos filhos e filhas vão crescer, cremos que é muito necessário nos manifestarmos.

Concordamos que é frequente que os bebês de nossa sociedade ocidental chorem, porém não é certo que "seja normal". Os bebês choram sempre por algo que lhes produz mal estar: sono, medo, fome, frio, calor... além disso, da falta de contato físico com sua mãe ou outras pessoas do seu entorno afetivo.

O choro é o único mecanismo que os lactentes tem para nos comunicar sua sensação de mal estar, seja qual for a razão do mesmo; nas suas expectativas, no seu continuumfilogenético não está previsto que este choro não seja atendido, pois não tem outro meio de avisar sobre o mal estar que sentem nem podem por si mesmos tomar as medidas resolve-lo.

O corpo do recém nascido está desenhado para ter o seio materno tanto quanto necessita, para sobreviver e para sentir-se bem: alimento, calor, apego; por esta razão não tem noção da espera, já que estando no lugar que lhe corresponde, tem a seu alcance tudo que necessita; o bebê criado no corpo a corpo com a mãe desconhece a sensação de necessidade, de fome, de frio, de solidão, e não chora nunca. Como afirma a norte-americana Jean Liedloff, na sua obra The Continuum Concept, o lugar do bebê não é no berço, na cama, e nem no bebê-conforto, senão no colo materno.

Isto é o melhor durante o primeiro ano de vida; e nos dois primeiros anos de forma quase exclusiva (por isto a antiga famosa "quarentena" das recém paridas). Depois, os colos de outros corpos de familiares podem ser substitutos por alguns momentos. O próprio desenvolvimento do bebê indica o fim do período simbiótico: quando se chega a determinados graus de desenvolvimento neuro-psico-motor e o bebê começa a sentar, depois a engatinhar e por fim a andar. Ou seja, pouco a pouco vai tornando-se autônomo e a desfazer este estado simbiótico.

A verdade é óbvia, simples e evidente.

O lactente toma o leite materno idôneo para seu sistema digestivo e além disso pode regular sua composição com a duração das mamadas, com a qual é criado no peito de sua mãe sem ter uma série de problemas infecciosos, alérgicos...

Quando chora e não se atende, chora com mais e mais desespero porque está sofrendo. Há psicólogos que asseguram que quando se deixa de atender o choro de um bebêdepois de três minutos, algo profundo se quebra na integridade deles, assim como na confiança em seu entorno.

Os pais, ainda que sejam educados na crença de que "é normal que os bebês chorem" e que "há que deixá-los chorar para que se acostumem", e por isto estamos especialmente insensibilizados para que seu pranto não nos afete, as vezes não somos capazes de tolera-lo. Como é natural, se estamos um pouco perto deles, sentimos seu desespero e o sentimos com nosso sofrimento. Revolvem nossas entranhas e não podemos consentir com a sua dor. Não estamos de todo deshumanizados. Por isto os métodos condutistas propõem ir pouco a pouco, para cada dia agüentar um pouquinho mais este sofrimento mútuo. Isto tem um nome comum, que é a "administração da tortura", pois é uma verdadeiro suplício que infligimos aos bebês quando fazemos isto, e também a nós mesmos, por mais que estas sejam normas de alguns pedagogos e pediatras.

Vários pesquisadores americanos e canadenses (biólogos, neurologistas, psiquiatras, etc.), na década de 90, realizaram diferentes investigações de grande importância em relação a etapa primal da vida humana; demonstraram que o contato pele a pele, do bebê com sua mãe e demais familiares mais chegados, produz moduladores químicos necessários para a formação de neurônios e do sistema imunológico; em fim, que a carência de afeto corporal transtorna o desenvolvimento normal das criaturas humanas. Por isto os bebês, quando os deixamos dormir sozinhos em seus berços, choram reclamando o que por sua natureza lhes pertence.

No Ocidente se criou nos últimos 50 anos uma cultura e uns hábitos, impulsionados pelas multinacionais, que elimina este corpo a corpo da mãe com a criança e deshumaniza o cuidado: ao substituir a pele pelo plástico e o leite materno por um leite artificial, se separa mais e mais a criatura de sua mãe. Inclusive se fabrica modelos de "walkyes talkys" (babás eletrônicas) especiais para escutar o bebê de habitações distantes das dos pais. O desenvolvimento industrial e tecnológico não se coloca a serviço das nossas crias, chegando a robotização das funções maternas a extremos inimagináveis.

Simultaneamente a esta "puericultura moderna", se medicaliza cada vez mais a maternidade; o que tenderia a ser uma etapa prazerosa de nossa vida sexual, se converte em uma penosa enfermidade. Entregues aos protocolos médicos, as mulheres adormecem a sensibilidade e o contato com seus corpos, e se perde uma parte de sua sexualidade: o prazer da gestação, do parto e da extero-gestação – o colo e a amamentação. Paralelamente as mulheres decidiram pelo mundo do trabalho e profissional masculino, feito pelos homens e para os homens, e que portanto exclui a maternidade; por isto a maternidade na sociedade industrializada ficou encerrada no âmbito do doméstico e do privado. Contudo, durante milênios a mulher realizou suas tarefas e suas atividades com seus filhos pendurados a seus corpos, como todavia ocorre nas sociedades ainda não ocidentalizadas. A imagem da mulher com seus filhos deve voltar aos cenários públicos, aos locais de trabalho sob pena de comprometer o futuro do desenvolvimento humano.

A curto prazo parece que o modelo de criação robotizado não é daninho, que não é nada demais, que as crianças sobreviverão; porém pesquisadores como Dr. Michel Odent (1999 - .primal-health.org), apoiando-se em diversos estudos epidemiológicos, tem demonstrado a relação direta entre diferentes aspectos desta robotização e doenças na idade adulta. Por outro lado, a violência crescente em todos os âmbitos tanto públicos como privados, como tem demonstrado a psicóloga suiço-alemã Alice Miller (1980) e do neurofisiólogo americano James W. Prescott (1975), por citar somente dois nomes, também procede do mal trato e da falta de prazer corporal na primeira etapa da vida humana. Também há estudos que demonstram a correlação entre a dependência às drogas e os transtornos mentais, com agressões e abandonos sofridos na etapa primal. Por isto os bebês choram quando sente falta do que lhes tiraram; eles sabem o que necessitam, o que lhes corresponderia neste momento de suas vidas.

Deveríamos sentir um profundo respeito e reconhecimento ao choro dos bebês, e pensar humildemente que não choram porque sim, ou muito menos, porque são "manhosos"... Elas e eles nos ensinam o que estamos fazendo de incorreto.

Também deveríamos reconhecer o que sentimos em nossas entranhas quando um bebê chora; porque podem confundir a mente, porém é mais difícil confundir a percepção visceral – nossos instintos. O local do bebê é o nosso colo: nesta questão, o bebê e nossos instintos estão de acordo, e ambos tem suas razões.

Não é certo que dormir com os nossos filhos ("co-lecho") seja um fator de risco para o fenômeno conhecido como Síndrome da Morte Súbita. Segundo The Foundation for the Study of Infant Deaths, a maioria dos falecimentos por "morte súbita" se produz quando os lactentes estão no seu berço. Estatisticamente, portanto, é mais seguro para o bebê dormir na cama com seus pais que dormirem sozinhos (Angel Alvarez – .primal.es).

Por tudo que expomos, queremos expressar nossa grande preocupação com a difusão do método proposto pelo neurólogo E. Estivill em seu livro Duérmete Niño ou na edição em português: NANA NENÊ (baseado por sua vez no método Ferber divulgado nos EUA), para fomentar e exercitar a tolerância dos pais ao choro de seus bebês; se trata de um condutismo especialmente radical e evidentemente nocivo, tendo em conta que o bebê está ainda em uma etapa de formação. Não é um método para tratar os transtornos do sono, como se apresenta, senão para submeter a vida humana em sua mais tenra idade. As gravíssimas conseqüências deste método, tem começado a aparecer.

Necessitamos de uma cultura e uma ciência para uma educação de nossos filhos que seja compatível com a natureza humana, porque não somos robôs, senão mamíferos que sentimos e sofremos quando nos falta o contato físico com aqueles que amamos. Para contribuir com este movimento, para que teu filho ou tua filha deixe de sofrer já, e se sentes mal quando escutas chorar o seu bebê, atenda-o, pegue-o em seus braços para entender o que ele está solicitando; possivelmente seja só isto o que ele queira e necessita, o contato com o seu corpo. Não o negues.

Quando um recém nascido aprende em um berçario que é inútil gritar... Está sofrendo sua primeira experiência de submissão e abandono.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Cuidados com o bebê no calor

A pele da criança é muito sensível ao calor e a luz do sol, precisando ser constantemente protegida. É muito comum o aparecimento de brotoejas (entupimento das glândulas sudoríparas) principalmente no calor. Com o suor obstruído em função da brotoeja, cria-se uma inflamação, causando irritação na pele.


O bebê também tem uma maior dificuldade em manter a temperatura do corpo, sua pele fina e sensível não lida bem com o frio e calor, já que sua camada de gordura localizada sob a pele é pouca e não faz um bom isolamento térmico. Em temperaturas mais amenas o ideal é agasalhar bem os bebês e no calor sempre estar de olho para que as brotoejas não apareçam.

E por ser muito fina, a pele da criança absorve muitas substâncias, sejam substâncias tóxicas ou não. Deve-se tomar muito cuidado com o que passar na pele desses pequenos, pois podem desenvolver bolhas ou feridas ao serem expostas ao calor, irritantes químicos, traumatismo ou doenças inflamatórias.

Sabonetes específicos, por favor, mamãe - A pele dos adultos produz um óleo para lubrificar e agir contra as bactérias. A pele do bebê não produz óleo de maneira suficiente, então banhos em excesso principalmente com sabonetes fortes é prejudicial, pois pode ocasionar irritação e diminuir a proteção contra as bactérias.

O banho deve ser rápido e com sabonete de PH neutro, preferencialmente no umbigo, pescoço, axilas e área das fraldas, regiões onde as bactérias se proliferam mais facilmente.

Outra preocupação que deve ser constante desde cedo é com o câncer de pele. Crianças de até seis meses de idade não podem usar os protetores solares devido à ação tóxica desses produtos que podem provocar alergias. Nesse caso, o uso de bonés, roupas, guarda-sol e a não exposição da criança, de qualquer idade, ao sol das dez da manhã as quatro da tarde são essenciais para a proteção e prevenção de doenças de pele dos bebês.

Assaduras são até comuns em crianças, mas não devem ser consideradas normais. A assadura se deve ao contato da pele do bebê com a urina, principalmente em lugares abafados e com dobras. As mamães devem redobrar a higiene do bebê, secá-los muito bem e utilizar somente produtos orientados pelo pediatra da criança.

Outra alteração de pele que atinge de 30 a 50% dos recém-nascidos é uma mancha vermelha que aparece geralmente na testa, pálpebras, lábio superior, entre as sobrancelhas ou nuca, conhecida popularmente como "Bicada da Cegonha". Esta lesão normalmente desaparece sozinha à medida que a criança cresce.
Qualquer que seja a reação na pele que o seu filho apresente, leve-o sempre ao médico para receber as orientações devidas. Qualquer produto, caseiro ou não, pode piorar a lesão que o bebê apresenta na pele.

Dicas
Evite o excesso de sol em horários de “pico”, das 9 às 16 horas, lugares muito quentes e ambientes fechados para que o seu bebê não tenha problemas de brotoejas.
Ensine a sua criança e crie o hábito desde pequena para que use o filtro solar, roupas, chapéus, óculos e evite exposição ao sol do meio dia.

Não se desespere se seu bebê nascer com alguma marca de nascença. Procure o pediatra e tire suas dúvidas. A grande maioria das manchas é benigna.

Bruno Rodrigues

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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Quais as vantagens da amamentação?


. O leite materno é o alimento mais completo que existe para o bebê até o sexto mês. Por isso não é preciso complementar com outros leites, mingaus ou suquinhos, fazendo economia para o orçamento familiar;

. O leite materno é muito fácil de digerir e não sobrecarrega o intestino e os rins do bebê. Isso explica porque as fezes do bebê são aguadas (amarelas ou verdes), e que a urina se apresenta bem clarinha e abundante;

. Ele protege o bebê da maioria das doenças;

. É prático, não precisa ferver, misturar, coar, dissolver ou esfriar;

. Está sempre pronto, a qualquer hora e lugar;

. Transmite amor e carinho, fortalecendo os laços entre a mãe e o bebê;

. Protege a mãe da perda de sangue em grande quantidade depois do parto;

. Também protege a mãe de anemia porque impede a mentruação;

. A amamentação diminui as chances de a mãe ter câncer de mama e de ovário.


Será que existe leite fraco?

Não. O leite nunca é fraco. A aparência do leite muda conforme a fase da amamentação: nos primeiros dias o leite é geralmente em pequena quantidade. É o colostro, um leite concentrado, nutritivo e com muitos anticorpos. É a primeira vacina do bebê. Com o passar do tempo, o peito produz um leite adequado às necessidades e à idade do bebê, mudando de aparência conforme a duração da mamada. No início ele é até mais aguado e ao final da mamada é mais gorduroso.
O que fazer para ter bastante leite.

Quando o bebê começa a mamar, quando nasce, ainda na sala de parto, a descida e a produção do leite são mais rápidas. Quanto mais o bebê mama, mais leite se produz. A produção do leite acontece quando o bebê suga. 
Para manter boa produção do leite, a mãe deve oferecer o peito ao bebê sempre que ele quiser e amamentar durante a noite. Descansar também ajuda. Para o bebê mamar mais, não dê a ele chás, água, sucos ou outro tipo de leite nos primeiros meses de vida.

1º Encontro de 2011 do Materna Litoral


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Bebê imaginário x Bebê real

Ao pensar em um bebê, provavelmente você pensa em uma criança linda, cheirosa e fofa... e ele não ser exatamente assim não precisa ser uma tragédia!

Meu bebê será lindo, vai puxar os olhos do pai e o narizinho da mãe. Gordinho, cheio de dobrinhas. Cheiroso, fofo, vai mamar bastante e depois dormir. Sei que bebês pequenos choram, mas comprei cds de musiquinhas relaxantes, um móbile com luzinhas e uma almofada de ervas que é tiro e queda para cólicas. Ah! Não vejo a hora de ver meu bebê!

É fundamental saber que os primeiros dias e às vezes, alguns meses após o nascimento, não são um conto de fadas e o bebê pode não ser tão lindinho ou tranquilo logo de cara.


Confira 10 fatos que você precisa saber sobre os recém-nascidos:

1. O bebê pode ter uma aparência engraçada
A cabeça pode estar achatada depois da jornada pelo canal vaginal, e ele pode estar recoberto por um cabelo fino chamado "lanugo". Também pode ter uma cara enrugada, inchadinha e olhos que sempre ficam fechados. Afinal, o pequeno passou nove meses no útero. Isso muda e ele irá logo mostrar as características encantadoras de todos os bebês.
2. Não espere recompensas - sorrisos ou barulhinhos graciosos - até o quinto ou mês
Até lá, você está trabalhando para um chefe que só reclama! Para aturar a exaustão e a revolta emocional, tenha isso em mente: os seus esforços não são em vão nesses primeiros dias. "Ele se sente confortado pela mãe ou o pai, sente um elo, ele gosta de ser segurado", diz o pediatra Christopher Tolcher. O bebê começa a sorrir de verdade após o segundo mês. Gracinhas, só no sexto mês mesmo.
3. Dê banhos de esponja no bebê até que o cordão umbilical caia
Se for mantido seco, ele cai rápido - normalmente dentro de duas semanas. Além disso, recém-nascidos não se sujam tanto. Se o cordão molhar, seque. Se a região sangrar um pouco quando o cordão cair, não há problema. Foi o que aprendeu a americana Alyson Bracken. "De cara, eu fiquei assustada", ela disse, mas então percebeu que, assim como a crosta, o sangramento era normal.
Mas, atenção: não é normal sangrar muito, nem o tempo todo. E não é normal inchar, ficar muito vermelho, mal-cheiroso ou muito dolorido ao toque. Na dúvida, fale com o pediatra.
4. A moleira não é tão fraca assim
"Eu morria de medo da moleira", admite a nova-iorquina April Hardwick, referindo-se à abertura no crânio, também chamada de fontanela. Essa “aberturinha” permite ao bebê passar pela vagina, pois se os ossos do crânio estivessem super fechados e colados, o crânio teria um formato nada aerodinâmico para o canal de parto. "Gemma tinha uma cabeça cheia de cabelos no nascimento, e eu inicialmente tinha medo de penteá-los sobre a moleira", disse Hardwick. Mas não havia motivo para temer: "Você pode tocar a moleira e as proximidades", diz a pediatra Tanya Remer Altmann, autora do livro Mommy Calls (Deveres de Mãe). O ponto pode pulsar porque está diretamente sobre os vasos sanguíneos que cobrem o cérebro.
Atenção apenas se a moleira estiver afundada: pode ser sinal de desidratação.
5. Ela deixará você saber quando estiver saciada
O bebê precisa mamar em cada duas ou três horas - mas ao peito é difícil saber a quantidade de leite que ele toma. "O peso do bebê é um indicador nos primeiros dias", diz Dr. Tolcher. O seu pediatra vai medi-lo depois de alguns dias. Um recém-nascido perde até 10% do peso do parto na primeira semana, e ganha-o de volta na segunda. A contagem das fraldas também pode ser um indicador: nos primeiros cinco dias será aleatória, mas depois disso, você trocará de cinco a seis fraldas por dia, e pelo menos uma ou duas com cocô.
Chorar nem sempre é sinal de fome: as cólicas do recém-nascido são uma realidade.
6. Pele seca é normal
Inicialmente, ele pode ser macio e hidratado, mas isso muda. "Se você ficasse mergulhado em um líquido por nove meses e então viesse para o ar, você seria seco também", diz a pediatra Laura Jana, co-autora do livro Heading Home With Your Newborn (Indo para casa com o seu recém-nascido). Você não precisa fazer nada em relação à pele seca (ela sozinha descasca e sai), mas se você quiser, procure uma loção de bebê hipoalergênica que não tenha fragrância. Pequenos inchaços rosas, erupções na região da fralda e até a acne podem aparecer também. "Acne tende a durar por alguns meses", diz Dra. Jana.
7. Você não precisa correr para a casa
"Tenha uma vida normal, mas use o bom senso quando você sair em público", diz Dr. Tolcher. Mantenha o bebê pequeno  fora do sol entre 10h e 16h30, evite pessoas doentes (nada de festas infantis!) e espaços lotados (como o shopping em feriados). "Ensine os irmãos mais velhos a tocar nos pés do bebê em vez de no rosto e nas mãos, o que ajudará a prevenir infecções", completa. E faça de seu filho mais velho o policial da higiene, diz Dra. Jana. Ele vai adorar dizer aos convidados "Para pegar o bebê, precisa lavar as mãos".
8. Bebês choram muito - é como eles se comunicam!
Os gritos cortantes informarão quando ele estiver com fome, frio, uma fralda suja, ou quiser ser segurado. Essas "conversas" precoces podem ser frustrantes, mas tenha certeza de que você entenderá o que o bebê quer mais tarde. A americana Laurie May e seu marido rapidamente aprenderam o sinal de fome da filha. Quando eles tinham acabado de se tornar pais, programaram um alarme para tocar a cada duas horas, devido à amamentação. "Nós não precisávamos do alarme!", ela diz. "A gente adora rir disso agora!".
As cólicas costumam ser um motivo de muita frustração para os pais, que querem mais que tudo fazer o bebê parar de chorar. Leia tudo que puder a respeito e saiba que elas acabarão por passar sozinhas. A almofadinha de ervas pode funcionar hoje, mas não amanhã. O importante é manter a calma e não tentar fazer o bebê parar de chorar a qualquer custo, o que pode deixar mamãe e papai desesperados.
9. Novos bebês também dormem bastante - mas não por períodos longos
Os primeiros três meses são os piores. O bebê precisa mamar a cada duas ou três horas, de forma que você também não dormirá bastante. "A situação melhora", assegura Dr. Altmann. "A maioria das crianças consegue dormir de seis a oito horas só aos três meses". Enquanto isso, tente fazer com que o bebê se adeque a horários diurnos e noturnos: durante o dia, não deixe ele cochilar por mais de três horas sem acordá-lo para amamentar. De noite, procure não pular as mamadas da madrugada, que é quando acontece o pico da prolactina e da produção de leite – isso pelo menos até a amamentação se estabelecer direitinho. Depois que a amamentação estiver caminhando bem, pode deixar o bebê dormir até quando quiser, já que ele estará ganhando o peso de volta que perdeu no parto.
10. A fase de recém-nascido passa rápido
Estressada, cansada e sozinha? Sim, esses dias são difíceis. Mas logo eles estarão no passado. A americana Barbara Evans diz "Eu queria que eu soubesse como passa rápido". A mãe de Luella, de oito meses, diz "Eu deveria ter tirado mais fotos e feito um diário!". Rabeea Baloch compartilha as experiências de uma mãe veterana: "Com o meu primeiro, eu estressava por tudo, desde trocar fraldas a desconfiar do choro. Com a segunda, eu aproveitei a fase de segurá-la, sentir seu cheiro, beijá-la e saboreei cada momento do nosso tempo juntos".

Sobretudo, não se desespere. Se a coisa realmente “pegar”, fale com seu obstetra, pediatra ou com uma doula pós-parto ou consultora em amamentação. Não sofra sozinha!
(fonte:PORTAL TERRA)
http://www.barrigaboa.com

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Benefícios da Shantala

    A Shantala é uma ótima opção para as mães que querem reforçar o vínculo com  seus bebês. Originada no sul da Índia, é uma massagem que, além de relaxar a criança, tem como objetivo integrar pais e filhos. 

    Consiste em movimentos amplos, lentos e rítmicos, que se intensificam a medida que o bebê se desenvolve. Trazendo benefícios físicos, emocionais e energéticos.  

    A técnica pode ser feita com o acompanhamento de um profissional ou então, o casal pode fazer um curso para massagear seu filho em casa quando quiser.
Principais benefícios da Shantala

O primeiro e mais importante benefício da Shantala é o favorecimento e fortalecimento do vínculo entre a mãe/pai e o bebê.
 
Através da interação do toque e da observação atenta às reações do bebê, os pais aprendem a se comunicar e compreende-lo melhor.


A Shantala traz ao bebê todos os benefícios que o toque pode proporcionar. Além do prazer de tocar e ser tocado, listamos aqui alguns benefícios que a massagem traz ao organismo do bebê.

- O efeito terapêutico e relaxante da massagem deixa o bebê mais tranqüilo e ajuda a melhorar o padrão de sono do bebê.

- Ativa a circulação sanguínea e linfática, estimulando melhor funcionamento de todos os órgãos e o fortalecimento imunológico.

- Favorece o desenvolvimento sensório motor. O bebê que é massageado desenvolve uma excelente consciência corporal.

- Contribui para o melhor funcionamento do sistema gastrointestinal e endócrino, reduzindo cólicas, gases e até mesmo o stress do bebê.

- Estimula e melhora o padrão respiratório do bebê, diminuindo a incidência de doenças respiratórias.

- Fortalece todo o sistema muscular e trabalha as articulações do bebe.  
 
 
   “Nutrir a criança?
Sim.
Mas não só com o leite.
É preciso pegá-la no colo.
É preciso acariciá-la, embalá-la.
E massageá-la.

É necessário conversar com a sua pele,
Falar com suas costas
Que têm sede e fome,
Como sua barriga.

Nos países que preservaram
O profundo sentido das coisas,
As mulheres ainda se recordam disso tudo.
Aprenderam com suas mães
E ensinaram às filhas
Essa arte profunda, simples e muito antiga
Que ajuda a criança a aceitar o mundo
E a sorrir para a vida.”“.
Frédérick Leboyer
 
Para quem quiser saber mais sobre o assunto, a dica de livro é “Shantala, uma Arte Tradicional: Massagem para Bebês”, de Frederick Leboyer (Editora Ground)

http://shantalablog.blogspot.com/2009/02/principais-beneficios-da-shantala.html

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Grávida e agora???


A primeira gravidez é cercada de novidades e anseios que mobilizam a futura mamãe e família na espera do bebê.
 
Sentimentos de dúvidas, medos, anseios e de felicidade são as palavras-chaves do que acontece com a mulher assim que ela confirma sua gravidez. E se for a primeira então, tudo isso vem em dobro. Afinal, o instinto de mãe da mulher é aflorado desde muito cedo, quando ela ainda brinca de bonecas, de casinha e vai construindo para si um mundo em que pensa viver um dia.
De repente, ver que todo aquele sonho está se tornando real, faz com que mulheres do mundo inteiro se confundam com as novas sensações e acabem encarando a primeira gravidez como uma situação que mescla momentos de tensão e euforia. 

Porém, não há nada mais normal do que estas oscilações de humor. O início de uma gestação pode trazer situações diferenciadas para cada mulher, mas ficar sensível e se emocionar com facilidade são características marcantes de uma gestante inicial. 

              Assim que confirma a gravidez, a futura mamãe deve procurar o seu médico imediatamente para fazer os exames de rotina e descobrir se está tudo bem com sua saúde e a do bebê. Caso a gestante não tenha um médico ginecologista que costuma freqüentar, é importante conversar com pessoas que tenham um e colher informações para escolher o profissional que a acompanhará durante os nove meses, inclusive no momento do parto. “Indicação de amigas que já conhecem o trabalho do médico e sua formação é a melhor alternativa para quem ainda não tem seu médico de confiança”, diz o ginecologista do Hospital Santa Helena, Dr. Mauro Eduardo Wallauer de Mattos. 

            Segundo o médico, é importante que paciente e profissional estabeleçam uma relação de confiança durante este período para que todos se sintam seguros e confortáveis com as novas mudanças que estão acontecendo.
            E por falar em mudanças, qual mulher não se preocupa com as transformações que seu corpo terá durante os próximos nove meses? “Todos os dias eu me olhava no espelho e achava que estava diferente de ontem. Parece que sempre que eu me via, encontrava uma coisa nova”, diz a dentista Amanda Carvalho, mãe do pequeno Gabriel, de 8 meses. E ela não está errada. Embora as transformações sejam pequenas nos primeiros três meses de gestação, já é possível perceber um volume maior nas mamas e uma lubrificação vaginal mais acentuada.

            Entre a 20ª e 24ª semana de gestação outras mudanças começam a acontecer na vida da mulher. Isso porque, neste período, quase sempre já se pode descobrir o sexo da criança e também é quando a mamãe começa a sentir ela se mexer.

Durante todos esses meses é imprescindível que a mulher esteja sendo assistida de perto por um médico. “Durante o pré-natal são recomendadas, no mínimo, seis consultas por gravidez, que durante este período começam mensais, depois ficam quinzenais e, na reta final para o parto, são semanais”, explica Dr. Mattos.

           Muitas mulheres costumam reclamar que sentem cólicas menstruais durante a gravidez e, por vezes, se preocupam com o risco que esta situação pode causar. É preciso comentar estas dores com o médico, mas não há porque se preocupar, pois muitas vezes estas dores são relacionadas ao funcionamento intestinal e nada têm a ver com a criança. “Durante a gestação, a mobilidade intestinal diminui bastante, tendendo a uma maior formação de gases que geram as dores das cólicas intestinais e que muitas vezes são confundidas com as menstruais”, esclarece o ginecologista. 

           Náuseas e desejos de comer doce também são sensações extremamente comuns à grávida, já que nestes nove meses os hormônios femininos trabalham a mil. Segundo o Dr. Mattos, a mulher só deve realmente se preocupar quando sentir dores muito fortes na barriga e quando houver sangramento. “Às vezes o sangramento é um sinal de alerta e nem há nada de muito complicado a ser resolvido. Mas sempre que ele aparecer, o médico deverá ser avisado imediatamente”, diz. 

          Tendo todas estas considerações em vista, resta à futura mamãe curtir cada minuto deste momento mágico que é esperar um filho. Arrumar suas roupinhas, cuidar do seu visual, visitar o médico regularmente e contar com o imprescindível apoio psicológico da família, só tendem a fazer muito bem e tornar cada vez mais este conto de fadas em realidade. 

http://www.alobebe.com.br/site/revista/reportagem.asp

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Hipertensão na gravidez

Pré-eclâmpsia/eclâmpsia

Pré-eclâmpsia é uma doença hipertensiva peculiar à gravidez humana, conhecida também como toxemia gravídica, ocorre principalmente em primigestas  (primeira gestação) após a 20ª semana de gestação.  Se manifesta em 7% a 10% das gestantes enquanto a eclâmpsia em 1% a 2% das pré-eclâmpsiadas. Caracteriza-se pelo desenvolvimento gradual de hipertensão, proteinúria (presença de proteína na urina), edema generalizado e, às vezes, alterações da coagulação e da função hepática. A sobreveniência de convulsão define uma forma grave chamada eclâmpsia.

Eclâmpsia vem do grego e significa "luz brilhante", as gestantes enxengam pontos luminosos nos estágios mais graves da doença. A causa precisa da doença ainda é desconhecida, o que se sabe é que ocorre uma reação imunológica na gestação, o corpo da mãe passa a "estranhar" as células da placenta e do feto. Caso a mulher venha a ter pré-eclâmpsia ou eclâmpsia a melhor forma de proteger-se a si mesma e ao bebê é dando à luz.
Os sintomas mais graves podem ser confudidos pela gestante com outros problemas corriqueiros: inchaço, dor de cabeça, dores de estomago e alterações de visão. Se a gestante estiver fazendo um bom pré-natal essas alterações serao percebidas pelo médico, que vai checar a pressão arterial e pedir exame de urina, verificando assim o quadro de hipertensão e a presença de proteínas nas urina. Caso o quadro de pré-eclâmpsia moderada evolua para pré-eclâmpsia grave, figado e rins podem ser afetados.
Outro problema desencadeado pela doença é a dimunuição de plaquetas (células responsáveis pela coagulação), em casos graves da pré-eclâmpsia ou eclâmpsia existe o risco de rompimento do fígado e acidente vascular cerebral (AVC). 
 O inchaço decorrente da doença é diferente do que ocorre normalmente na gestação: fique atenta se ele ocorrer pela manhã e atingir a região lombar, o rosto, pernas e braços e provocar um súbito aumento de peso.

Como prevenir:
Gestantes que tenham caso da doença na familia devem tomar mais cuidado e começar a se tratar antes mesmo da gravidez. Se atentando a dieta, aumento a ingestão de cálcio e se preciso for controlar a pressão com medicamento anti-hipertensivos de acordo com a orientação médica. O acompanhamento pré-natal correto é imprensidivel, estando sempre com os exames em dia para ajudar a detectar a possibilidade de pré-eclâmpsia antes que ela apareça. Os exames de sangue, urina e o exame de fundo de olho irão  dizer se tudo está certo com a mulher, e exames que medem o fluxo sanguíneo entre mãe e bebê vão garantir  saber  se a criança está recebendo os nutrientes necessários para crescer. Os exames previstos no pré-natal são importantes para fazer o controle da vitalidade fetal. 
   
Tratamento:
A medida mais eficaz para tratar a doença é o parto, por isso quanto antes ela aparecer é pior. Outra medida é a redução do sal na dieta e o repouso. Apesar de configurar gravidez de risco, a doença não exclui totalmente a possibilidade de parto normal, desde que a gestante esteja com a hipertensão sob controle e boa dilatação.
O que acontece com mãe                                  O que acontece com o bebê
* Descolamento de placenta                            * Dimunuição do líquido amniótico
* Insuficiência renal                                         * Parto prematuro
* Rompimento do fígado                                  * Retardo de crescimento intrauterino
* Hemorragia cerebral                                     * Sofrimento e morte fetal

Não existem tratamentos específicos para a pré-eclâmpsia ou para evitar que essa doença progrida até a eclâmpsia, mas pode-se tratar a pressão alta e tomar outras medidas que podem reduzir os riscos. 



Pacientes com pré-eclampsia devem ter um pré-natal de alta qualidade. É necessário repouso e monitoramento constante. Já no caso da eclampsia, a internação é obrigatória.

Revista Pais e Filhos (Janeiro 2011)
http://br.guiainfantil.com/eclampsia/345-pre-eclampsia-e-eclampsia-na-gravidez.html