quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Aconselhamento sobre aleitamento

Durante a gravidez
É certo que o aleitamento materno é uma capacidade que se aprende, entretanto pode ser vulnerável a experiências negativas, desconhecimento ou falta de apoio. O aconselhamento em amamentação deverá ser parte importante do seguimento pré natal, já que as dúvidas, as preocupações e as ansiedades são normais.
Ao longo da gestação surge inúmeras dúvidas que poderão ocorrer no que diz respeito ao aleitamento materno. Quanto mais próximo da data de parto maiores e mais frequentes serão essas preocupações e essas dúvidas.
Você poderá se perguntar se irá realmente ser capaz de amamentar, o que irá fazer quando voltar para o emprego, se irá ter leite ou se o leite será bom. Pode ficar angustiada com o que irá acontecer e o que deverá fazer quando o seu filho nascer.
É normal que pense em todas estas questões e outras, o que só mostra a sua vontade de amamentar e de ter sucesso.
O fato de pensar nelas e se informar previamente já é um passo relevante para que esteja melhor ou, pelo menos, mais preparada para os problemas e as dificuldades que possam surgir.
Procure apoio e ajuda junto dos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros), de grupos de apoio ou de amigas que tenham amamentado. Informe-se em livros, encontros ou em sites na Internet. Converse com o seu companheiro e com sua família e observe mães amamentado.
 
Segue algumas noções úteis durante a gravidez:
 
Se você ou seu companheiro tem alguma alergia (asma, eczema, febre dos fenos) poderá ser útil evitar alimentos que possam provocar alergias no bebé. Porém o aleitamento materno exclusivo é muito importante para evitar ou diminuir a gravidade destas alergias;
A aprendizagem da técnica de extração manual de leite poderá ser útil, e irá aumentar a sua confiança, após o parto, quando necessitar de usá-la.
 
   

Durante a gravidez: cuidados com as mamas e mamilos
O tamanho, a forma ou a simetria das mamas antes da gravidez tem pouco a ver com a capacidade de amamentar. A maior contribuição para a variação de tamanho das mamas é da gordura que rodeia o tecido mamário mas não tem qualquer papel na produção de leite.
Com o decorrer da gravidez as suas mamas irão sofrer alterações, ficando maiores e mais pesadas. A área em volta do mamilo (aréola) ficará mais escura e mais sensível, como consequência da preparação para a produção de leite. Algumas mulheres poderão apresentar uma pele mais sensível, o que não tem importância para o aleitamento materno. O crescimento das mamas durante a gravidez é um bom indicador de que as mesmas estão sendo preparadas para produzir leite.
Não é necessário fazer nada de especial para preparar as suas mamas para a amamentação, tal como massagens com cremes, fricções ou expressão de colostro, nem é necessário "endurecer" os mamilos.
Lave os seus seios com água sem sabão (para não remover os óleos naturais da sua pele), durante a sua higiene diária. Utilize soutiã confortável e não apertado.
Algumas vezes os mamilos podem ser pequenos (mamilos rasos) ou até parecerem "puxados" para dentro (mamilos invertidos) parecendo não terem tamanho para o bebé poder mamar bem, para fazer uma boa pega. Na maior parte das vezes, estas configurações não acarretam problemas para o bebé mamar (o bebé mama no peito não no mamilo), podendo apenas e esporadicamente dificultar nos primeiros dias. Também não existe evidência das vantagens de qualquer preparação ou manipulação pré natal dos mamilos.
Os implantes de silicone também não impedem ou interferem o aleitamento materno e não têm impacto no bebé. Igualmente, no caso de redução mamária, a maior parte das mulheres consegue amamentar. No entanto, é possível que nos primeiros dias após o parto seja necessário ajuda devido a alguma dificuldade de produção de leite. Neste caso, deverá dar de mamar de forma frequente, sem restrições e horários (livre demanda), de forma a aumentar a quantidade de leite, evitando leites artificiais que impedirão uma maior estimulação das mamas.
 
Em resumo:
  • Amamente logo após o parto;
  • Enquanto se encontrar internada, após o parto, solicite o alojamento conjunto, para poder dar de mamar frequentemente e ter mais contato com o seu filho;
  • Aprenda a ler os sinais do seu filho, particularmente e   reconhecer os sinais de fome;
  • Peça que não dêem ao seu bebé chupetas ou mamadeiras, sem sua autorização;
  • Tenha confiança de que o seu leite aumentará nos primeiros dias de vida;
  • Procure ter poucas visitas na maternidade e nos primeiros dias em casa, para ter tempo para si, para o seu filho e para dar de mamar;
  • Procure identificar a quem recorrer depois de ir para casa;
  • Tenha uma bomba para retirar leite, para as várias situações em que serão úteis e procure aprender a usá-la;
  • Tenha consciência que dar de mamar  se aprende porém é preciso dar tempo ao tempo.
 
 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

15 de Agosto - Dia da Gestante!

Hoje é dia de celebrar! A celebração do ato de gerar, de amar, de crescer e de se tornar MÃE.
Essa data é comemorada desde 2001, quando o governador de São Paulo, na época, instituiu o dia 15 de agosto como o Dia da Gestante, de acordo com a Lei 10822/01.
Quero aproveitar este dia especial para divulgar algumas informações importantes sobre a gestação. 
A gestação é um momento nobre, especial e cheia de deliciosas surpresas, muitas descobertas e muitas dúvidas também... Aqui estão algumas dessas dúvidas que surgem no decorrer da gestação!


GRAVIDEZ:  É NORMAL?

É normal os seios vazarem?
         
É normal, e não há nada com que se preocupar. O líquido se chama colostro, e é o primeiro "leite" que as mamas produzem, antes do leite materno em si. Em algumas mulheres o colostro vaza bastante durante a gravidez, e em outras não vaza nem uma gota, o que também é absolutamente normal.
Para sair, use absorventes especiais para seios dentro do sutiã para não ficar com a roupa molhada. Talvez você tenha de trocar os absorventes durante o dia, para evitar o cheiro de azedo.
Obs: Não aperte os seios para a saída do liquido, pois isso pode estimular contrações.
É normal o bebê ficar soluçando na minha barriga o tempo todo?

Sim, o soluço fetal é um fenômeno normal que muitas grávidas sentem e muitas vezes pode até ser observado durante exames de ultrassom. Entre o fim do primeiro trimestre e o começo do segundo, os bebês geralmente começam a soluçar. O soluço nada mais é do que um movimento natural e indolor que antecede a respiração, uma espécie de treino para o aparelho respiratório. Algumas gestantes percebem os soluços da criança várias vezes ao dia, enquanto outras só de vez em quando -- ambas situações perfeitamente normais.
Obs: E não se surpreenda também se mesmo depois que o bebê nascer ele continuar soluçando durante um tempinho.
É normal gestante ter queda de cabelo?
Para a maioria das mulheres, as mudanças hormonais da gravidez deixam o cabelo com aparência de mais forte e saúdavel. É bem mais comum que o cabelo caia alguns meses depois que o bebê nasça do que durante a gestação.

A queda de cabelo durante a gravidez não é muito frequente, e não há muitos dados científicos para explicá-la. Uma das possibilidades é que o cabelo fique mais seco devido à elevação dos níveis de progesterona, o hormônio feminino que é produzido pelos ovários. A progesterona, junto com o estrogênio, regula todo o ciclo reprodutivo.

Se o seu cabelo está caindo, pode ser que na verdade ele esteja ressecado e quebradiço, e os fios estejam se partindo perto da raiz. Perder cabelo é uma sensação muito desagradável, e às vezes pode indicar algum outro problema. Por isso não deixe de falar sobre o assunto na sua próxima consulta de pré-natal -- anote num papel, para não esquecer.
É normal ficar com os olhos secos e irritados na gravidez?

Existe um problema chamado síndrome do olho seco, que afeta mulheres com frequência. Ele parece ter relação com mudanças hormonais, que são o que mais acontece na gravidez. O problema também pode aparecer durante a amamentação, com o uso de pílulas anticoncepcionais ou depois da menopausa.

A síndrome do olho seco aparentemente é causada por uma mudança na quantidade de lágrimas que lubrificam os olhos. Assim, os olhos ficam coçando, sensíveis à luz, irritados e secos. Pode haver a sensação de que há areia nos olhos ou algum corpo estranho, e o olho pode ficar lacrimejando.

Durante a gravidez, o incômodo parece ir e vir, mas para algumas mulheres pode atrapalhar bastante a vida. Se você usa lentes de contato, elas podem começar a incomodar demais, e talvez fique difícil continuar usando.

Caso o problema aconteça com você, vale a pena mencioná-lo para o ginecologista ou procurar um oftalmologista. Será necessário examinar seus olhos para ver se não há algum outro problema, como uma infecção ou uma úlcera.

O olho seco causado pela gravidez costuma ir embora aos poucos depois que o bebê nasce. Para aliviar o desconforto, é possível usar colírios e lágrimas artificiais, mas é necessário perguntar para o ginecologista primeiro -- mesmo remédios de uso tópico podem ser prejudiciais ao bebê. Experimente dormir com um umidificador de ar no quarto.

Também dá para aliviar o desconforto evitando condições que agravem a situação, como a exposição ao vento (proteja os olhos com óculos escuros), à fumaça, ao clima muito seco, ficar muito tempo assistindo à TV ou na frente do computador etc.

Se a situação estiver muito ruim, pare de usar lentes de contato por um tempo. Faça o máximo para não trabalhar demais no computador, porque isso afeta a frequência de suas piscadas. Existem outros tratamentos, mas eles são voltados para pessoas que sofrem com o problema por mais tempo, e precisam ser receitados pelo oftalmologista.

Quanto tempo é normal um parto normal demorar?

Do momento em que o trabalho de parto entra na fase ativa, ou seja, com contrações regulares com intervalo de cerca de 5 minutos ou menos, é normal que o parto vaginal de uma mulher que está tendo seu primeiro filho demore cerca de 15 horas, mas esse tempo pode variar muito.
As contrações da fase ativa são bem diferentes das contrações da fase bem inicial, fase essa que pode durar dias sem que "nada aconteça" em termos de dilatação do colo do útero. São contrações irregulares que variam em intensidade e duração, e que costumam deixar a futura mãe bastante ansiosa.

Na fase ativa, as contrações são rítmicas, coordenadas, duram cerca de 1 minuto e vêm com um intervalo de 5 minutos ou menos. A expectativa, a partir deste momento, numa primigesta (mãe de primeira viagem), é que o colo do útero leve uma hora e meia para dilatar cada centímetro. A dilatação total é de 10 centímetros, e aí o bebê já pode nascer.

Existem alguns recursos que ajudam a acelerar o trabalho de parto, como: o uso do hormônio ocitocina em soro endovenoso, que ajuda a intensificar as contrações, o rompimento da bolsa, quando esta ainda está integra, e a analgesia (remédios para diminuir a dor), que pode ajudar no relaxamento do colo, resultando em maior dilatação. Com isso o tempo de trabalho de parto pode cair até pela metade.

Já as gestantes que já tiveram um parto normal, o trabalho de parto costuma ser mais rápido que o primeiro.

Fonte:  
Foto: sabertudo.net

quinta-feira, 8 de março de 2012

Durante a gravidez: cuidados com as mamas e mamilos

O tamanho, a forma ou a simetria das mamas antes da gravidez têm pouco a ver com a capacidade de amamentar. A maior contribuição para a variação de tamanho das mamas é da gordura que rodeia o tecido mamário mas não tem qualquer papel na produção de leite.
Com o decorrer da gravidez as suas mamas irão sofrer alterações, ficando maiores e mais pesadas. A área à volta do mamilo (aréola) ficará mais escura e mais sensível, como consequência da preparação para a produção de leite. Algumas mulheres poderão apresentar uma pele mais sensível, o que não tem importância para o aleitamento materno, e irá resolver-se espontaneamente nas primeiras semanas após o parto. O crescimento das mamas durante a gravidez é um bom indicador de que estão se preparando para produzir leite.
Não é necessário fazer nada de especial para preparar as suas mamas para a amamentação, tal como massagens com cremes, fricções ou expressão de colostro, nem é necessário "endurecer" os mamilos.
Lave os seus seios com água sem sabão (para não remover os óleos naturais da sua pele), durante a sua higiene diária. Utilize um soutiã confortável, não apertado.
Algumas vezes os mamilos podem ser pequenos (mamilos rasos) ou até parecerem "puxados" para dentro (mamilos invertidos) parecendo não terem tamanho para o bebé poder mamar bem, para fazer uma boa pega. Na maior parte das vezes, estas configurações não acarretam problemas para o bebê mamar (o bebê mama no peito e não no mamilo), podendo apenas e esporadicamente dificultar nos primeiros dias. Também não existe evidência das vantagens de qualquer preparação ou manipulação pré natal dos mamilos.
Os implantes de silicone não impedem ou interferem com o aleitamento materno e não têm impacto no bebê. Igualmente, no caso de redução mamária, a maior parte das mulheres consegue amamentar. No entanto, é possível que nos primeiros dias após o parto seja necessário ajuda devido a alguma dificuldade de produção de leite. Neste caso, deverá dar de mamar de forma frequente, sem restrições e horários, de forma a aumentar a quantidade de leite, evitando leites artificiais que impedirão uma maior estimulação das mamas.

Em resumo:
  • Amamente logo após o parto;
  • Enquanto se encontrar internada, após o parto, solicite o alojamento conjunto, para poder dar de mamar frequentemente e ter mais contato com o seu filho;
  • Aprenda a ler os sinais do seu filho, particularmente e reconhecer os sinais de fome;
  • Peça que não dêem ao seu bebê chupetas ou mamadeiras, sem sua autorização;
  • Tenha confiança de que o seu leite aumentará nos primeiros dias de vida;
  • Procure ter poucas visitas na maternidade e nos primeiros dias em casa, para ter tempo para si, para o seu filho e para dar de mamar;
  • Procure identificar a quem recorrer depois de ir para casa;
  • Tenha uma bomba para retirar leite, para as várias situações em que serão úteis e procure aprender a usá-la;
  • Tenha certeza que dar de mamar se aprende e por isso é preciso ter paciência.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Audição do Feto.


A partir de quando o feto ouve? O que ele ouve? Como ele ouve? O que podemos fazer com esses conhecimentos? 
 
. Até a 20ª semana de gestação a extremidade medial do meato acústico externo está fechada por uma massa de células epiteliais. Nessa semana há a maturação da orelha interna, sendo o único órgão sensorial a atingir completa diferenciação e tamanho adulto à altura da metade do desenvolvimento fetal. A essa altura, as estruturas da orelha interna e média estão formadas e falta pouco para a ossificação. O plug meatal se desfaz, expondo a membrana timpânica ao líquido amniótico.
. A 21ª semana gestacional marca o inicio da aventura sonora do bebê. O aparato neurofisiológico necessário para que ocorra o fenômeno da excitação nervosa por intermédio das vibrações sonoras esta suficientemente estruturado. Não quero com isso dizer que a partir desse instante o feto passa a ouvir tudo, alto e claro. Não é assim que a natureza age.
Mas é a partir daí que, gradativamente, ele começa a ouvir. Estabelece-se, então, o inicio da experiência no universo sonoro intra-uterino.

O bebê, ainda um feto de 21 semanas, tem 25 centímetros e pesa 250 gramas em média. Está imerso em líquido amniótico, dentro da bolsa das águas, dentro do útero materno, em um ambiente extremamente rico em estímulos sonoros. Prossigamos.

Os ossículos (martelo, bigorna e estribo) que transmitem as vibrações sonoras captadas pelo tímpano para o órgão de Corti, onde se dá a transformação de movimentos mecânicos em impulsos nervosos, estão embebidos em mesênquima, um líquido de relativa densidade.

A pneumatização do funcionamento dos ossículos dá sinal em torno da 34ª semana, no entanto só se acelera com a penetração de ar na orelha média, no nascimento.

O conteúdo aéreo da cavidade timpânica se expande imediatamente após o nascimento com o início da respiração e a entrada de ar na orelha média.

Quando os ossículos soltam-se do mesênquima, a membrana mucosa que conecta cada ossículo às paredes da cavidade do ouvido médio permanece para finalmente se converter nos ligamentos de apoio dos ossículos.

Então vejamos. O feto humano já tem a estrutura neurofisiológica auditiva capacitada para receber estímulos sonoros, no cérebro, na 8ª região cerebral, a partir da 21ª semana.
Ele está imerso em líquido amniótico, com os ossículos embebidos em mesênquima e não completamente ossificados e pneumatizados.

Aqui é imprescindível acrescentar que na água o som se propaga com uma velocidade mais de quatro vezes maior que no ar.

E também tenho que dizer que antes dessa 21ª semana , nós, enquanto fetos, não somos insensíveis aos sons. Alguns cientistas consideram a pele como uma extensão do ouvido durante a gestação.

As vibrações sonoras excitariam o tato, que é anterior à audição.

O corpo da mãe que gera esse bebê é extremamente rico em estímulos sonoros.

Quais são as fontes desses sons?
Enumerarei as principais:
  • O músculo cardíaco produz a pulsação rítmica, principalmente por uma artéria que passa por traz do útero, e sons da circulação sanguínea periférica ao útero.
  • Os órgãos ocos (estômago e intestinos principalmente) produzem inúmeros sons, alguns audíveis até aqui fora do corpo.
  • Os movimentos peristálticos e os sons da digestão.
  • As articulações do esqueleto.
  • Os passos da mãe-gestante.
Imagine esse universo-sonoro…

Importante também é informar que o nosso amiguinho feto não está escutando esses sons do corpo da mãe o tempo todo, ininterruptamente. A natureza não permitiria. O bebê em gestação tem um ciclo de sono e vigília característico: dorme, em média, de 18 a 20 horas por dia, em períodos indefinidos. 

Está em vigília, isto é, experimentando as sensações que lhe são possíveis, apenas no tempo restante.
É dormindo que a criança cresce.

Gravações intraamnióticas feitas com equipamento especial – microhidrofones – detectaram os mais diversos sons, registrando suas intensidades e frequências .

De todos os sons a que o feto está exposto, inclusive os sons externos em alta intensidade, o que se destacou por suas características acústicas particulares é o som da VOZ HUMANA.
Isso mesmo, quando a gestante fala, o som de sua voz se sobressai de todo o ruído de fundo que chega ao feto. A voz que se aproxima do ventre materno, principalmente nas últimas semanas de gestação, também tem grande abrangência e alcance.

Com isto deduz-se que o feto humano ouve com especial destaque a voz da mãe e dos próximos a ela desde, praticamente, a metade da gestação..

Mas, analisemos mais detalhes sobre essa percepção tão importante.

O bebê em gestação ouve a voz da mãe nas suas características particulares de ritmo, entoação, variação de frequências e timbre, mas alguns cientistas afirmam que não é possível distinguir a articulação das palavras.
Para que se ouça a palavra articulada é necessário que haja ar entre o emissor e o receptor, o que não acontece com o feto. Ele está, como já vimos, imerso no líquido amniótico. Mas já vimos também, no líquido o som se propaga com maior velocidade.

Então ele ouve a voz, mas não a palavra. Mas banha-se no sonoro. Banha-se inteiro no timbre da voz da mãe e nas suas características particulares que a diferem de qualquer outra pessoa. Nossa voz é como uma impressão digital sonora de nós mesmos. Só nós a temos.

Durante o tempo de gestação que tiver depois da 21ª semana, o feto estará experimentando paulatinamente o ambiente sonoro no qual viverá depois de nascido, daqui há algumas semanas.

Posso afirmar que o som é o cartão de visitas da vida.

Então, é pelo som da voz da mãe e dos próximos a ela que temos o primeiro contato com o ambiente em que nasceremos.

A memória começa a se estabelecer nessa mesma época.

Texto escrito por:

Comunicação Pré-Natal - Cd Bebê do Futuro:



quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

UNIDADES "PARCEIRAS do PAI" receberão CERTIFICAÇÃO

Por: Marcus Renato de Carvalho



MATERNIDADES, CENTROS de SAÚDE, CLÍNICAS de SAÚDE da FAMÍLIA, HOSPITAIS... poderão receber o CERTIFICADO de PARCEIRAS do PAI
Política pública da Cidade do Rio de Janeiro


Na ultima reunião do Comitê Vida discutimos os critérios para certificação das unidades de saúde como "Parceiras do Pai", uma justa reivindicação de alguns serviços, que querem ter seu trabalho reconhecido e validado.

Listamos a seguir os itens sugeridos, baseados na cartilha Unidade de Saúde Parceira do Pai e na experiências dos profissionais da SMSDC da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e parceiros presentes ao encontro.
Uma unidade de saúde de parceira do pai é aquela que:
1. Tem normas escritas sobre a captação dos homens/pais e o seu envolvimento nas atividades da unidade
2. Tem profissionais que conhecem a importância dos homens no cuidado com seus filhos e o papel da unidade de saúde na promoção da paternidade participativa
3. Tem um ambiente que acolhe os homens: 3 cadeiras em cada consultório, banheiros masculinos ou para as famílias, decoração que valoriza o cuidado paterno
4. Convida os homens/pais a participarem de exames, consultas e atividades de grupo (planejamento familiar, TIG, pré natal, consultas de seus filhos, vacinação, teste do pezinho, etc.)
5. Tem atividades educativas voltadas para os homens na unidade de saúde, creche, escola ou comunidade
6. Aproveitam os horários do final da tarde e os sábados para realizarem atividades com os homens
7. Incentiva o pré natal masculino, ou seja, uma consulta individual ou coletiva para o pai do bebê e/ou o companheiro da mãe (com enfermeiro ou médico)
8. Incentiva a participação do pai no parto e divulga a lei federal no.11.108 de 2005 que obriga as unidades a permitir a presença de um acompanhante indicado pela parturiente
9. Orienta os pais a levarem para a maternidade um documento com foto para registrarem seus bebês
10. Tem profissionais que informam sobre a licença paternidade e a rede de apoio social para as famílias (CRAS, creches, PIC, Conselhos Tutelares, etc.)
Nas maternidades, acrescentar:
1. Permite a presença do pai como acompanhante no pré parto, parto, pós parto
2. Tem horários flexíveis para a visita dos pais nas maternidades, enfermarias e UTI
3. Permite a presença do pai acompanhando seus filhos/as internados/as
4. Incentiva o registro dos bebês
Nos hospitais, acrescentar:
1. Tem horários flexíveis para a visita dos pais nas enfermarias e UTI
2. Permite a presença do pai acompanhando seus filhos/as internados/as

Viviane Manso Castello Branco
Coordenação de Políticas e Ações Intersetoriais/SPS/SUBPAV – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, RJ – BRASIL

 www.aleitamento.com