quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Bancos de leite humano têm 40% de queda no país


Os bancos de leite humano de todo o Brasil registraram queda de 40% de seus estoques, desde dezembro. O porcentual equivale a aproximadamente 1,1 mil aleitamentos a menos a cada mês para bebês prematuros ou de baixo peso internados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) Neonatais.

A redução da quantidade de leite materno e de doadoras é comum entre os meses de dezembro e fevereiro por causa das festas de fim de ano e das férias, de acordo com o Centro de Referência Nacional e Ibero-americano para Bancos de Leite Humano, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).

O país possui 214 bancos de leite e 125 postos de coleta de leite humano, espalhados por todos os estados brasileiros. A lista completa dos locais de doações está no portal www.redeblh.fiocruz.br, da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBLH).

Algumas mulheres quando estão amamentando produzem um volume de leite além da necessidade do bebê, o que possibilita que sejam doadoras de um Banco de Leite Humano.
De acordo com a legislação que regulamenta o funcionamento dos Bancos de Leite no Brasil (RDC Nº 171) a doadora, além de  apresentar excesso de leite, deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente.

O leite humano doado, após passar por processo que envolve seleção, classificação e pasteurização, é distribuído com qualidade certificada aos bebês   internados em unidades neonatais. Os Bancos de Leite Humano tem entre seus objetivos a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Neste sentido, desenvolvem trabalho para auxiliar as mulheres-mães no período da amamentação, tendo profissionais qualificados para também orientar sobre a saúde da criança.

Algumas mães, depois que os bebês nascem, se deparam com a insuficiência de leite para a amamentação. Outras mulheres produzem um volume de leite que ultrapassa a necessidade do seu filho, o que possibilita que elas sejam doadoras de um Banco de Leite Humano . Esses bancos ajudam as mamães com pouco leite no processo de aleitamento materno e são fundamentais no tratamento de bebês em situação de risco nas UTIs neonatais.

A produção deste alimento, tão importante para o recém-nascido, é muito influenciada pela condição emocional da mulher e pelo ambiente social no qual ela está inserida. Até mesmo o nervosismo da gestante na hora do parto pode vir a prejudicar o aleitamento, por isso, preservá-la de situações de estresse é fundamental para que a amamentação ocorra sem complicações.

Segundo a nutricionista da neonatologia, Sabrina Schwartz Gobbato, na UTI neonatal existem 40 leitos e quase todos os nenês têm prescrição para tomar leite do banco, mas não há doadoras suficientes para a grande demanda. “O que muita gente não sabe é que existe uma parceria entre hospitais e corpo de bombeiros para que a coleta seja feita na própria casa da doadora, sem que ela precise se deslocar até o banco de doação. O processo para a coleta é simples, basta a gestante ligar e agendar um horário para os profissionais do banco de leite irem até sua casa”, ressalta Sabrina. 


Clic Folha
http://www.clicfolha.com.br/noticia/30422/bancos-de-leite-humano-tem-40-de-queda-no-pais



segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

COLESTASE INTRA-HEPÁTICO DA GRAVIDEZ


A colestase é uma patologia rara da gravidez, que afeta o fígado, órgão que em determinadas mulheres se tornam muito sensíveis aos hormônios da gestação. Acontece que o fígado normalmente produz uma substância chamada bile, que é encaminhada para o intestino para auxiliar na digestão. Na paciente com colestase obstétrica, o fluxo dessa substância que deveria ir para o intestino é reduzido e se acumula no sangue.

O primeiro sinal é o prurido (coceira) pelo corpo todo, sendo mais intenso nos braços, costas, abdome e pernas. Este sintoma costuma se agravar à noite, causando muito cansaço e insônia. Em algumas mulheres pode ocorrer icterícia.
A coceira vai desaparecer completamente após algumas semanas depois do parto.
Esta doença afeta somente o fígado da mãe e não afeta o do bebê.


Fatores de risco.

Um dos fatores de risco é o histórico familiar, ela também apresenta um alto risco de recorrência em uma gestação futura.


Perigos para gestante e para o bebê.

Para a gestante: não apresenta problemas mais sérios ao fígado, após ao parto melhora todos os sintomas.

Para o bebê: em alguns casos pode ocorrer prematuridade e pode ocorrer um retardo no crescimento fetal. Não se sabe exatamente o que acontece porém podem ser devido aos ácidos da bile, ou privação de oxigênio e/ou por ocorrer causar problemas na placenta. Devido a isso se tem como objetivo de tratamento levar a gestação até que os pulmões do bebê estiverem maduros para sobreviver fora do útero, a partir de, mais ou menos, 35 semanas.


Monitoramento fetal.

Deverá ser realizado exames periódicos a fim de verificar o crescimento e a frequência cardíaca através de cardiotocografia (CTG) ou através de testes de não estresse (TNS). É muito importante realizar o monitoramento dos movimentos do bebê caso eles diminuam no período de 12 a 24 horas, deve-se informar o médico ou parteira para ser examinada.


Tratamento.

O médico poderá receitar vitamina K para diminuir o risco de hemorragia na mãe e no feto após o parto.
E para amenizar a coceira a mulher pode tentar usar loções com calamina, cremes à base de camomila ou calêndula, roupas leves e de algodão e procurar evitar lugares quentes e úmidos.
A mãe deve realizar um novo exame para que seja avaliado a função hepática dentro de um mês a três meses após o parto, caso o resultado ainda se mantenha alterado, a mulher deverá consultar um especialista.
Será necessário também fazer um novo US para detectar pedras na vesícula.


Referência: http://brasil.babycenter.com/a1500564/colestase-obst%C3%A9trica#section1