Já
se é sabido que quando é permitido contato precoce mãe-bebê e a
oportunidade para mamada na primeira hora de vida e depois a
permanência em alojamento conjunto, as mulheres que desejarem
amamentar serão mais bem-sucedidas e conseguirão amamentar por um
período mais longo do que aquelas que não passaram por esta
experiência.

Estudos
sugerem que se faz necessário que o recém-nascido depois de se
recuperar do estresse do nascimento, comece a sugar e esteja pronto
para se alimentar em período mais apropriado.
O
bebê quando deixado tranquilamente sobre o abdome de sua mãe após
o nascimento, tem a habilidade
de se arrastar devagar em
direção ao mamilo iniciando a mamada.
Estudos
descrevem que na mãe que não se administrou qualquer tipo de
medicação analgésica durante o trabalho de parto e o parto, cujos
os bebês não foram separados durante as primeiras horas de vida
para o banho, e nem houve a administração de vitamina K ou de
medicamento nos olhos e se o bebê estiver bem seco e for posto no
abdome e mantido aquecido com o calor do corpo da mãe e de uma manta
leve, não sendo retirado durante 60 minutos, o bebê iniciará uma
sequência composta de alguns passos que terá como resultado uma
pega correta da mama:
*
Primeiro 20 minutos: o bebê repousa e olha para sua mãe.
*
Entre os 30 a 45 minutos seguintes: iniciam-se movimentos da boca,
passando a língua pelos lábios ao mesmo tempo que o bebê começa a
mover-se gradualmente para frente, até chegar no seio de sua mãe.
Após chegar ao mamilo ele abre amplamente sua boca e após várias
tentativas, os lábios envolvem a aréola, não o mamilo e inicia
efetivamente a sucção.
Assim
ocorre uma linda troca de olhares neste pequeno momento de procura do
recém-nascido pela sua mãe.
Sendo
assim, conclui-se que a interrupção desta interação mãe-bebê no
período imediato ao pós-parto, pode levar algumas mulheres ao
insucesso da amamentação, entretanto deve-se levar em consideração
não tão somente o contato pele-a-pele mas o conjunto de ações que
culminam no sucesso da amamentação e o aumento do vínculo afetivo.
Referência: Vínculo Afetivo: observações recentes que altera, o cuidado perinatal - John H. Kennell - 1998.
Enfermeira Obstetra: Rosangela.