quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Hipertensão na gravidez

Pré-eclâmpsia/eclâmpsia

Pré-eclâmpsia é uma doença hipertensiva peculiar à gravidez humana, conhecida também como toxemia gravídica, ocorre principalmente em primigestas  (primeira gestação) após a 20ª semana de gestação.  Se manifesta em 7% a 10% das gestantes enquanto a eclâmpsia em 1% a 2% das pré-eclâmpsiadas. Caracteriza-se pelo desenvolvimento gradual de hipertensão, proteinúria (presença de proteína na urina), edema generalizado e, às vezes, alterações da coagulação e da função hepática. A sobreveniência de convulsão define uma forma grave chamada eclâmpsia.

Eclâmpsia vem do grego e significa "luz brilhante", as gestantes enxengam pontos luminosos nos estágios mais graves da doença. A causa precisa da doença ainda é desconhecida, o que se sabe é que ocorre uma reação imunológica na gestação, o corpo da mãe passa a "estranhar" as células da placenta e do feto. Caso a mulher venha a ter pré-eclâmpsia ou eclâmpsia a melhor forma de proteger-se a si mesma e ao bebê é dando à luz.
Os sintomas mais graves podem ser confudidos pela gestante com outros problemas corriqueiros: inchaço, dor de cabeça, dores de estomago e alterações de visão. Se a gestante estiver fazendo um bom pré-natal essas alterações serao percebidas pelo médico, que vai checar a pressão arterial e pedir exame de urina, verificando assim o quadro de hipertensão e a presença de proteínas nas urina. Caso o quadro de pré-eclâmpsia moderada evolua para pré-eclâmpsia grave, figado e rins podem ser afetados.
Outro problema desencadeado pela doença é a dimunuição de plaquetas (células responsáveis pela coagulação), em casos graves da pré-eclâmpsia ou eclâmpsia existe o risco de rompimento do fígado e acidente vascular cerebral (AVC). 
 O inchaço decorrente da doença é diferente do que ocorre normalmente na gestação: fique atenta se ele ocorrer pela manhã e atingir a região lombar, o rosto, pernas e braços e provocar um súbito aumento de peso.

Como prevenir:
Gestantes que tenham caso da doença na familia devem tomar mais cuidado e começar a se tratar antes mesmo da gravidez. Se atentando a dieta, aumento a ingestão de cálcio e se preciso for controlar a pressão com medicamento anti-hipertensivos de acordo com a orientação médica. O acompanhamento pré-natal correto é imprensidivel, estando sempre com os exames em dia para ajudar a detectar a possibilidade de pré-eclâmpsia antes que ela apareça. Os exames de sangue, urina e o exame de fundo de olho irão  dizer se tudo está certo com a mulher, e exames que medem o fluxo sanguíneo entre mãe e bebê vão garantir  saber  se a criança está recebendo os nutrientes necessários para crescer. Os exames previstos no pré-natal são importantes para fazer o controle da vitalidade fetal. 
   
Tratamento:
A medida mais eficaz para tratar a doença é o parto, por isso quanto antes ela aparecer é pior. Outra medida é a redução do sal na dieta e o repouso. Apesar de configurar gravidez de risco, a doença não exclui totalmente a possibilidade de parto normal, desde que a gestante esteja com a hipertensão sob controle e boa dilatação.
O que acontece com mãe                                  O que acontece com o bebê
* Descolamento de placenta                            * Dimunuição do líquido amniótico
* Insuficiência renal                                         * Parto prematuro
* Rompimento do fígado                                  * Retardo de crescimento intrauterino
* Hemorragia cerebral                                     * Sofrimento e morte fetal

Não existem tratamentos específicos para a pré-eclâmpsia ou para evitar que essa doença progrida até a eclâmpsia, mas pode-se tratar a pressão alta e tomar outras medidas que podem reduzir os riscos. 



Pacientes com pré-eclampsia devem ter um pré-natal de alta qualidade. É necessário repouso e monitoramento constante. Já no caso da eclampsia, a internação é obrigatória.

Revista Pais e Filhos (Janeiro 2011)
http://br.guiainfantil.com/eclampsia/345-pre-eclampsia-e-eclampsia-na-gravidez.html

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