A
colestase é uma patologia rara da gravidez, que afeta o fígado,
órgão que em determinadas mulheres se tornam muito sensíveis aos
hormônios da gestação. Acontece que o fígado normalmente produz
uma substância chamada bile, que é encaminhada para o
intestino para auxiliar na digestão. Na paciente com colestase
obstétrica, o fluxo dessa substância que deveria ir para o
intestino é reduzido e se acumula no sangue.
O
primeiro sinal é o prurido (coceira) pelo corpo todo, sendo mais
intenso nos braços, costas, abdome e pernas. Este sintoma costuma se
agravar à noite, causando muito cansaço e insônia. Em algumas
mulheres pode ocorrer icterícia.
A
coceira vai desaparecer completamente após algumas semanas depois do
parto.
Esta
doença afeta somente o fígado da mãe e não afeta o do bebê.
Fatores
de risco.
Um dos
fatores de risco é o histórico familiar, ela também apresenta um
alto risco de recorrência em uma gestação futura.
Perigos
para gestante e para o bebê.
Para
a gestante: não apresenta problemas mais sérios ao fígado,
após ao parto melhora todos os sintomas.
Para
o bebê: em alguns casos pode ocorrer prematuridade e pode
ocorrer um retardo no crescimento fetal. Não se sabe exatamente o
que acontece porém podem ser devido aos ácidos da bile, ou privação
de oxigênio e/ou por ocorrer causar problemas na placenta. Devido a
isso se tem como objetivo de tratamento levar a gestação até que
os pulmões do bebê estiverem maduros para sobreviver fora do útero,
a partir de, mais ou menos, 35 semanas.
Monitoramento
fetal.
Deverá
ser realizado exames periódicos a fim de verificar o crescimento e a
frequência cardíaca através de cardiotocografia (CTG) ou através
de testes de não estresse (TNS). É muito importante realizar o
monitoramento dos movimentos do bebê caso eles diminuam no período
de 12 a 24 horas, deve-se informar o médico ou parteira para ser
examinada.
Tratamento.
O médico
poderá receitar vitamina K para diminuir o risco de hemorragia na
mãe e no feto após o parto.
E para
amenizar a coceira a mulher pode tentar usar loções com calamina,
cremes à base de camomila ou calêndula, roupas leves e de algodão
e procurar evitar lugares quentes e úmidos.
A mãe
deve realizar um novo exame para que seja avaliado a função
hepática dentro de um mês a três meses após o parto, caso o
resultado ainda se mantenha alterado, a mulher deverá consultar um
especialista.
Será
necessário também fazer um novo US para detectar pedras na
vesícula.
Referência:
http://brasil.babycenter.com/a1500564/colestase-obst%C3%A9trica#section1
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