sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A arte de engatinhar

Engatinhar

O ato de engatinhar ajuda a fortalecer os músculos do bebê para que depois seja capaz de andar, e é o primeiro modo de se locomover por conta própria. O jeito tradicional de engatinhar exige que a criança aprenda a se equilibrar apoiando-se nas mãos e nos joelhos, e perceba que pode balançar para frente e para trás. Em seguida, ela vai descobrir como usar os joelhos para avançar ou dar marcha a ré.

Quando acontece

A maioria dos bebês aprende a engatinhar entre os 6 e os 10 meses. Mas há crianças que nem chegam a engatinhar: preferem rolar, "minhocar" com a barriga no chão, arrastar-se sentadas ou passar direto para ficar de pé com apoio e andar. O que interessa é sair do lugar, não importa como.

Como acontece

O bebê normalmente começa a engatinhar depois que já consegue ficar sentado sem apoio com facilidade, coisa que na maior parte dos casos acontece por volta dos 6 ou 7 meses de idade. Nessa etapa, a criança consegue sustentar a cabeça para observar o ambiente à sua volta, e os braços, pernas e músculos das costas são fortes o suficiente para impedir que ela caia no chão quando ficar de quatro.

Ao longo dos meses seguintes, seu bebê vai aprendendo aos poucos a passar da posição sentada para a de quatro, e logo percebe que dá para se balançar assim, desde que esteja com os braços esticados e o tronco paralelo ao chão.

Em algum momento, em geral perto dos 9 ou 10 meses, ele se dá conta de que se mexer o joelho vai conseguir o impulso necessário para sair do lugar. Conforme vai se aperfeiçoando na técnica, aprende a fazer o caminho contrário e passar da posição de engatinhar para a posição sentada. Também vai dominar a arte de engatinhar com o chamado padrão cruzado: avançar ao mesmo tempo com o braço de um lado e a perna do outro, em vez de usar os dois membros do mesmo lado. Depois disso, é só uma questão de prática -- até 1 ano de idade, a criança costuma ser uma excelente engatinhadora.

Se seu bebê engatinha de marcha a ré, ou pula como um sapinho (apoiado no bumbum e com uma perna para a frente, dando pequenos saltos), parece uma minhoca pela casa ou simplesmente não quer nem saber de engatinhar, só de andar, não esquente a cabeça. Desde que ele esteja se locomovendo, não importa a maneira, não há com o que se preocupar.

O que vem pela frente

Depois que seu filho estiver engatinhando bem, só vai faltar mesmo andar para que ele tenha total mobilidade. Para isso, ele vai começar a se segurar em tudo o que conseguir alcançar para ficar de pé, seja a mesinha de centro ou a perna da avó. Quando perceber que consegue se equilibrar sobre os pés, estará pronto para passar de apoio em apoio, circulando pela casa segurando nos móveis, e aí é só uma questão de tempo para ele começar a andar, correr, pular e saltitar por aí.

O que você pode fazer

Assim como quando ele estava aprendendo a esticar o braço e segurar as coisas, a melhor maneira de incentivar o ato de engatinhar é colocar brinquedos e outros objetos do desejo -- até você mesmo -- à vista do bebê, mas fora do alcance dele. Também dá para usar coisas como almofadas, caixas e outros objetos para criar caminhos interessantes para o bebê percorrer. O exercício vai ajudá-lo a ficar mais confiante, além de reforçar sua velocidade e sua agilidade. Mas não o deixe brincando sozinho na "corrida de obstáculos" -- se ele ficar preso debaixo de um almofadão, pode se assustar ou se machucar.
Um bebê que engatinha já tem um grande potencial de aprontar. Verifique se sua casa está segura para ele, e dedique atenção especial a escadas. Seu filho vai idolatrar escadas, mas é melhor mantê-lo longe delas enquanto ele não tiver dominado completamente a técnica de engatinhar (normalmente por volta dos 12 meses). Mesmo depois disso, as expedições da criança à escada só devem acontecer sob uma supervisão atenta. 
É necessário também tomar alguns cuidados em casa como deixá-la sempre limpa, especialmente o quarto do bebê. Os pais devem evitar que seu filho tenha muitos bichinhos de pelúcia, pois eles absorvem muita poeira e a criança, nesta fase, tem mania de colocar tudo na boca, inclusive as mãos e os pés, levando sujeiras e muita poeira para dentro da boca. Isso serve também para os que usam chupeta. Não se esqueça de lavá-la toda vez que ela encostar ou raspar no chão. Isto pode trazer sérios problemas para a saúde do bebê, pois junto com essas sujeiras os bebês estarão engolindo bactérias e outras coisas que poderão causar alergias e infecções.

Além desses cuidados, a pediatra fala que um outro aspecto importante é a prevenção contra acidentes. Tomadas, objetos pequenos que possam ser levados à boca, forros de mesas com pontas que beiram o chão (o bebê pode puxar essas pontas e todo o conteúdo da mesa virar em cima dele), falhas no piso, remédios ou produtos químicos guardados em gavetas baixas, tudo isso pode ser o protagonista de um grande acidente. Fique sempre atento aos movimentos do seu filho, pois todo cuidado é pouco!
A pele funciona como uma importante barreira de proteção contra infecções e erupções cutâneas, por isso, quando o bebê engatinha sua pele geralmente fica bastante ressecada nas mãos e joelhos, as quais são as partes que mais entram em atrito contra o solo e às vezes podem aparecer algumas alergias. É sempre bom passar um hidratante nestas partes mais ressecadas, fale com o médico para saber qual é o produto mais adequado para a faixa etária da criança, mas tome cuidado para não exagerar na dose.
Em relação às roupas para o nosso pequeno explorador, a pediatra e psicanalista, Regina Garibaldi, fala que devem ser as mais leves e adequadas. “É providencial usar calças com acolchoados ao nível dos joelhos e também meias com antiderrapantes, para evitar ferimentos e escoriações. Caso aconteça, é necessário lavar bem as feridas com água e sabão neutro para evitar infecções”, conta.

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