segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Grau de Maturidade Placentário

Por Alexandre Magri

     
     Cada exame de Ultra-Som uma novidade aparece. Nos últimos exames, uma nova medida foi inserida na conclusão: O Grau da Placenta. 
Mas o que é isso?
    Algumas mães ficam desesperadas porque o médico disse que elas têm a "Placenta Grau 0", e acham que isso reflete-se num retardamento do desenvolvimento fetal ou algo do gênero.
        Alexandre Magri
encontrou apenas um estudo médico, num site de uma faculdade de medicina e após um certo resumo do artigo e da facilitação da linguagem usada, conseguiu criar um texto de compreensão fácil, que se segue abaixo.

O que é a Placenta?

    É responsável pelo suporte à vida do feto, fazendo as vezes de pulmões, fígado, rins, intestinos e glândulas endócrinas do feto. Fica ligada à parede uterina, e ao bebê pelo Cordão Umbilical. Separa as circulações sangüíneas materna e fetal por uma barreira feto-placentária, que se simplifica progressivamente. Na placenta humana o sangue materno está em contato direto com a fina camada de células do trofoblasto que recobre os vasos fetais. Por este motivo é denominada de "hemocorial" (o sangue materno - hemo - está em contato direto com o cório).

O que é Grau Placentário?

    A placenta, conforme evolui-se na idade gestacional, apresenta uma crescente deposição de cálcio. Essa deposição, microscópica no início da gestação, pode tornar-se macroscópica no final desta.
    Em 1979, através de um estudo de imagens de ultra-sonografia, Grannum percebeu que era possível classificar a placenta em sua maturidade, observando-se os depósitos de cálcio vistos durante as Ultra-Sonografias.
    A classificação, então, foi padronizada em 4 graus de maturidade diferentes: grau 0, 1, 2 e 3.
    
   Numa Placenta Grau 0, não há sinais de calcificação, apresentando uma textura homogênea. É a placenta observada durante o primeiro trimestre da gestação.

    Já a Placenta Grau I apresenta calcificações esparsas e uma textura ondulada, e é aquela vista desde o segundo trimestre da gestação.
    
    Uma Placenta Grau II é aquela que apresenta uma calcificação já bastante acentuada, principalmente na parte que fica ligada ao útero. Este grau de maturidade placentária não costuma ser visto antes da 30.ª semana da gestação, e é a mais freqüente no momento do parto.
    
     Em 40% a 50% dos casos, uma Placenta Grau III pode ser vista a partir da 35.ª semana da gestação, e sua característica é a calcificação generalizada, sendo vista numa ultra-sonografia sob o formato de um anel.
    
     Grannum observou, então, que há uma relação entre o Grau de Maturidade Placentária e a maturidade pulmonar do feto, sendo que esta é de 100% quando a placenta atinge o Grau III, embora isto não seja um consenso unânime entre os estudiosos. Mas o mais importante não é a avaliação da maturidade pulmonar, e sim a relação entre calcificação placentária e o retardo do desenvolvimento fetal, por exemplo, quando se apresenta uma Placenta Grau II antes da 32.ª semana ou uma Grau III antes da 34.ª semana da gestação.

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